Nasci numa fazenda (Cabeço), casa boa, curral ao lado; lembro-me de ao levantar - eu e minha irmã Marizé -, ficávamos no paredão do curral olhando o meu pai e o vaqueiro Zacarias tirar o leite das vacas. Depois de beber o leite tomávamos banho na Lagoa de Nana. Ao lado tinham treze tanques, lembro de alguns: tanque da chave, do café etc. E uma cachoeira formada pelo rio do Cabeço, sempre bonito, que nas cheias tomava-se banho. A caieira onde brincávamos, perto de casa, também tinha um tanque onde eu, Chico e Marizé costumávamos tomar banho, perto de uma baraúna. O roçado quando o inverno era bom garantia a fartura. Tudo era a vontade, muito leite, queijo, milho, tudo em quantidade. Minha mãe criava muito peru, galinha, porco, cabra, ovelha. Quanto fazia uma festa matava um boi, bode para os moradores. Havia muitos umbuzeiros. Subia no galho mais alto, fazia apostas com os meninos. Andava de cabalo, de burro. Marizé andava numa vaca (Negrinha) que era muito mansinha. Quando ...
Cidade. Esperança. Parahyba. Brasil.
Eu tinha 8 anos e lembro ver passar o cortejo através de uma veneziana pois era muito pequeno para ir a um enterro - diziam os maiores. Algumas horas antes uma irmã me tinha levado pela mão para ver José Ramalho deitado num caixão com flores... e ela disse: "olhe, é a última vez que você vai ver seu pai"... mas depois de adulto continuei vendo... naquela mesa, nas praias de João Pessoa, em Barcelona e agora em Salvador da Bahia... coisas de mito. Parabéns pelo blog. Mano
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