Pular para o conteúdo principal

A importância de SOL

Muitos esperancenses desconhecem a figura do poeta Silvino Olavo Cândido Martins da Costa; pouco ou quase nada se ouve falar dele nas escolas. Não existe um monumento sequer em sua homenagem, salvo a placa alusiva ao centenário aposta na Praça da Cultura. Mas quem era esse tal Silvino?
Formado em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro é o autor de “Estética do Direito” (1924), seu trabalho de conclusão de curso. E também “Cysnes” (1924) e “Sombra Iluminada” (1927). São ainda de sua autoria o estudo literário “Cordialidade” (1927), que chegou a ser traduzido para a língua inglesa e “Badiva” (1997), que é uma obra póstuma e reúne diversos poemas inéditos.
Atuou como jornalista e colaborou com diversos períodicos, como “O Jornal” e “A União”, órgão oficial do Estado da Paraíba. Além disso, escreveu para a revistas “Nova Era” e a folha “A Província”, do Rio de Janeiro.
Era um grande orador, tanto que durante seus estudos no Colégio Pio X, em João Pessoa, foi convidado diversas vezes para falar em nome da turma e ainda eleito orador oficial do seu curso. Em em 1925, proferiu seu importante discurso “Esperança – Lírio Verde da Borborema”, que foi um marco na emancipação de Esperança.
Trabalhou nos Correios, foi Agente Fiscal de Consumo e Chefe de Gabinete do Governo João Pessoa.
Para muitos o autêntico representante do Simbolismo na Paraíba, corrente literária do Século XIX.
Várias são as obras literárias que fazem menção a sua importância, dentre elas destacamos: “Antologia da Paraíba, séculos: XVII, XVIII, XIX e XX: 1. parte: poesia, 2. parte: prosa”, de Luiz Pinto; Editora Minerva, 1951; “Revista de língua portuguesa, Volume 9”, Edição 51, União Editora, 1928; “Maiores e menores”, de João Lelis, Editora Teone, 1953; e o bibiográfico “A Vida Dramática de Silvino Olavo”, escrito por João de Deus Maurício, Ed. Unigraf, 1992.
No detalhe da foto, Silvino Olavo aos 55 anos de idade.

Rau Ferreira

Fonte:
- Pequena Biografia do Poeta Silvino Olavo, por Roberto Cardoso - Jornalista. Cisnes/ Sombra Iluminada – 2a Edição, 1985 – p. 3/5;
- A vida dramática de Silvino Olavo, autoria de João de Deus Maurício, João Pessoa/PB, Unigraf, 1992;
- Badiva: poesias inéditas de Silvino Olavo, Marinaldo Francisco de Oliveira (Org.), Espeança/PB, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 1997 - p. 26/28.

Comentários

  1. olá, Rau... aqui é joselito se lembra!!!!!!vc esta de parabens pelo seu belissimo blog, é isto ai! tambem ouvi sua entrevista no programa de joseilton berlamino, eu e minha familia lhe parabeniza pelo seu interesse por nossa cidade e a cultura esperansence. valeu historeador do lirio verde da borborema....

    de: joselito Alves dos Santos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Rádio Cidade Esperança - 1310 AM

Lembro-me quando entrou no ar a Rádio Cidade de Esperança. Passei a tarde sintonizando a sua frequência em uma rádio-vitrola, na expectativa de ouvir a primeira estação do município. Foi por volta das 18 horas que consegui identificar a modulação 1.310 Khz, tendo aumentado o volume para registrar aquele momento histórico. A sua inauguração se deu em janeiro de 1989, fundada que foi pelo médico Dr. Armando Abílio Vieira e pelos irmãos Gadelha. A Rádio Cidade Esperança AM Ltda exibia 10 KW a partir de um transmissor TEEL instalado no Sítio Cruz Queimada, potência essa considerada alta para os padrões da época, irradiando o seu sinal para todo o compartimento da Borborema. A cidade estava em festa ao som da A ZYI-691, com grandes nomes da radiofonia como Cleude Lima, Nando Fernandes, Barbosa Santos e Jota Júnior. Alguns eram egressos da Rádio Clube Pernambuco ou Jornal do Comércio do Recife, a exemplo de Rudy Barbosa, os quais estavam sob a Direção Artística de Germano Ramalho. Os e...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...

O beco de Mané Jesuíno

  Manoel Jesuíno de Lima hoje dá nome a uma rua do comércio de Esperança-PB. Mas nem sempre foi assim. Aquele local no passado era uma passagem estreita entre as ruas João Pessoa (rua Nova) e Solon de Lucena (rua do Sertão). Quem foi dessa época lembrará que em alguns pontos as suas extremidades distavam pouco mais de metro e meio. Ele nasceu em 1860. Era casado com Luiza Maria da Conceição (1862), de cujo consórcio vieram os filhos: Cassimiro Jesuíno de Lima, Francisco Jesuíno de Lima, Porfíria Jesuíno de Lima, Sebastiana Jesuíno de Lima e Manuel Jesuíno de Lima. Sobre o seu antepassado, nos informa Eliomar Rodrigues de Farias (Cem), autor do livro-genealogia da família Lima: “ Meu tio avô Manuel Jesuíno de Lima, trabalhou como Oficial de Justiça. Ele não tinha comércio em Esperança, era Artesã e um excelente afinador de violão e tocava também em bares de Esperança na época. Quanto ao comércio existente vizinho aos fundos do cinema de Seu Titico, pertencia ao pai Manuel Jesu...

Sol e sua atuação jornalística

Poeta, jornalista e escritor Silvino Olavo da Costa destacou-se em publicações na imprensa da Parahyba, Pernambuco e Rio de Janeiro. Silvino nasceu na Lagoa do Açude, muito distante da sede do município. O seu pai era fazendeiro. Naquele tempo, devido a distância e outros fatores, os proprietários "contratavam" professores para lecionarem aos seus filhos e filhos dos moradores. Esses mestres passavam a residir na propriedade e a sala da Casa Grande lhes servia de escola. É provável que isto tenha acontecido ao poeta. A educação "formal", por assim dizer, ele iniciou no Externato do casal Joviniano Sobreira e Maria Augusta, em Esperança (1915). Presume-se que já sabia ler, assim como fazer contas simples; não se exigia muito além da tabuada e algumas operações matemáticas. De maneira que o seu ingresso escolar, neste município, no meu entender foi para complementar a sua educação, pois ele só poderia prosseguir para o ginásio se passasse pelo ensino primário. ...