Pular para o conteúdo principal

Coronel Elísio Sobreira, Patrono da PMPB


O Coronel Elísio Sobreira nasceu no ano de 1878, na cidade de Esperança/PB, e ingressou ainda jovem na carreira militar, por volta de 1907.
Em 1912 já era Alferes [1] e juntamente com o Ten. Rangel Farias, o Sargento Pedro Medeiros e o seu companheiro de farda Luiz Riscão, participou do primeiro confronto que a Polícia Militar (à época denominada Força Policial), enfrentou a grupos armados, fato ocorrido na região polarizada por Monteiro, no Cariri Paraibano.
Clic no título da postagem e saiba mais...
Elevado ao posto de Capitão em 1920, foi nomeado Assistente do Governador Solon de Lucena, e designado, anos mais tarde (1924) para o combate aos Cangaceiros na cidade de Sousa.
Em 1926, na condição de Comandante Geral da Corporação, o Tenente-coronel Sobreira dirigiu pessoalmente os combates à Coluna Prestes, instalando-se em São João do Rio do Peixe.
E em 1930, liderou o cerco a Princesa Isabel, onde rebeldes, conturbavam a ordem pública para provocar uma intervenção federal no Estado, e conseqüente deposição do Presidente João Pessoa.
Por ocasião da Revolução de Outubro [2], foi comissário revolucionário das tropas federais e estaduais, com atuação nos Estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia, comandando o Grupo de Batalhão de Caçadores.
Em 1935 era indicado interventor do município de Alagoa Grande pelo Governador Argemiro de Figueiredo. E em 1938 tornou-se o primeiro militar a ocupar a patente de Coronel, recém criada, sendo neste mesmo ano nomeado Prefeito interventor de Pombal, pelo Governador Rui Carneiro.
Faleceu em João Pessoa no dia 13 de maio de 1942, aos 64 anos de idade, após ter assumido o Comando da Polícia por duas vezes, no período de 1924 à 1928, e de 1930 à 1931.
Por sua força e bravura foi escolhido “Patrono da Polícia Militar da Paraíba” pelo Governador Flávio Ribeiro (Decreto nº 1.238/57), sendo-lhe dedicado o dia 20 de agosto para as comemorações da Corporação a que serviu por 35 anos.
Elísio Sobreira juntamente com outros conterrâneos, entre eles o poeta Silvino Olavo, muito se empenhou para a emancipação política do município, ocorrida em 1925.

[1] Equivalente hoje ao posto de 2º Tenente
[2] Que instituiu a Nova República, liderada por Getúlio Vargas, após a deposição de Washington Luiz.

Rau Ferreira

Fonte:
- Wikipédia, PMPB (http://pt.wikipedia.org/wiki);
- http://www.pm.pb.gov.br/, História da PMPB, texto do Cel. BATISTA de Lima

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Ruas tradicionais de Esperança-PB

Silvino Olavo escreveu que Esperança tinha um “ beiral de casas brancas e baixinhas ” (Retorno: Cysne, 1924). Naquela época, a cidade se resumia a poucas ruas em torno do “ largo da matriz ”. Algumas delas, por tradição, ainda conservam seus nomes populares que o tempo não consegue apagar , saiba quais. A sabedoria popular batizou algumas ruas da nossa cidade e muitos dos nomes tem uma razão de ser. A título de curiosidade citemos: Rua do Sertão : rua Dr. Solon de Lucena, era o caminho para o Sertão. Rua Nova: rua Presidente João Pessoa, porque era mais nova que a Solon de Lucena. Rua do Boi: rua Senador Epitácio Pessoa, por ela passavam as boiadas para o brejo. Rua de Areia: rua Antenor Navarro, era caminho para a cidade de Areia. Rua Chã da Bala : Avenida Manuel Rodrigues de Oliveira, ali se registrou um grande tiroteio. Rua de Baixo : rua Silvino Olavo da Costa, por ter casas baixas, onde a residência de nº 60 ainda resiste ao tempo. Rua da Lagoa : rua Joaquim Santigao, devido ao...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...