A edição de domingo do Jornal “A União”, do dia 07 de março de 1926, trás em seu suplemento “Arte e Literatura”, mais uma crítica literária de Silvino Olavo da Costa, consoante o próprio sumário nos diz.
Trata-se de um comentário a cerca do livro “Quando veio o crepúsculo”, de Téo-Filho (sic), que nas suas palavras, era um “romancista de maior atividade”. Ressalta, porém, que esta sua intensa produção se dá por “força de contrato com a grande casa editora – Livraria Leite Ribeiro”.
Ele destaca que o autor divide a sua jornada de trabalho, de catorze horas, entre o Ministério do Interior e a direção de três empresas literárias, sobrando-lhe ainda algum suficiente para a “vitoriosa faina dos romances”.
O livro faz parte de uma série que Téo-Filho (sic) iniciou um ano antes, com a obra “Perfume de Querumbina Dorla”, sendo a presente uma continuação.
Em seu artigo, Silvino refuta a opinião que incide sobre Téo-Filho (sic) culpando tão-somente a sociedade que ele descreve.
Assim diz: “O papel do historiador psicológico da sociedade moderna, na tirania do seu otimismo pragmatista, é o de seu registrador de sensações e o de um fixador de atitudes efémeras. Se a obra de Téo-Filho (sic) é fútil, a culpa não é sua e sim da sociedade que ele descreve, tal como é a sociedade do Rio de Janeiro”.
E a cerca dos seus dotes literários, assevera que ele “Não é nem um analista ao modo de Paul Bourget nem um imaginativo. É antes um memorialista à maneira de Marcel Proust”.
Ao longo de seu discurso, descerra inúmeros elogios ao escritor de “Quando veio o crepúsculo...”, ao passo que menciona alguns capítulos traçando-lhes a construção.
E relembra, nas suas páginas, a visita que fez ao Rio de Janeiro, acrescentando que teve: “a impressão amorável de me transladar novamente aquele meio de gente sonhadora e blague use e refluir aquele convívio esfuziante de viver e de faceias inconsequentes”.
Encerra, pois, com um voto de gratidão por tê-lo proporcionado um prazer espiritual e integra-lo, por algumas horas, naquele suave convívio social.
Trata-se de um comentário a cerca do livro “Quando veio o crepúsculo”, de Téo-Filho (sic), que nas suas palavras, era um “romancista de maior atividade”. Ressalta, porém, que esta sua intensa produção se dá por “força de contrato com a grande casa editora – Livraria Leite Ribeiro”.
Ele destaca que o autor divide a sua jornada de trabalho, de catorze horas, entre o Ministério do Interior e a direção de três empresas literárias, sobrando-lhe ainda algum suficiente para a “vitoriosa faina dos romances”.
O livro faz parte de uma série que Téo-Filho (sic) iniciou um ano antes, com a obra “Perfume de Querumbina Dorla”, sendo a presente uma continuação.
Em seu artigo, Silvino refuta a opinião que incide sobre Téo-Filho (sic) culpando tão-somente a sociedade que ele descreve.
Assim diz: “O papel do historiador psicológico da sociedade moderna, na tirania do seu otimismo pragmatista, é o de seu registrador de sensações e o de um fixador de atitudes efémeras. Se a obra de Téo-Filho (sic) é fútil, a culpa não é sua e sim da sociedade que ele descreve, tal como é a sociedade do Rio de Janeiro”.
E a cerca dos seus dotes literários, assevera que ele “Não é nem um analista ao modo de Paul Bourget nem um imaginativo. É antes um memorialista à maneira de Marcel Proust”.
Ao longo de seu discurso, descerra inúmeros elogios ao escritor de “Quando veio o crepúsculo...”, ao passo que menciona alguns capítulos traçando-lhes a construção.
E relembra, nas suas páginas, a visita que fez ao Rio de Janeiro, acrescentando que teve: “a impressão amorável de me transladar novamente aquele meio de gente sonhadora e blague use e refluir aquele convívio esfuziante de viver e de faceias inconsequentes”.
Encerra, pois, com um voto de gratidão por tê-lo proporcionado um prazer espiritual e integra-lo, por algumas horas, naquele suave convívio social.
Notas sobre Téo-Filho: Nome: Manuel Teotônio de Lacerda Freire Filho, “Téo-Filho”, natural de Recife-PE, nascido em 1895 e falecido em 1973 no Rio de Janeiro-RJ. Sua obra “Quando veio o crepúsculo”, editada em 1926, pode ser classificada como “Romance e Novela”.
Rau Ferreira
Fonte:
- Jornal “A União”, órgão Oficial do Governo do Estado da Paraíba, suplemento “Arte e Cultura”, edição de capa, domingo 07/03/1926;
- COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Academia Brasileira de Letras, 2001: 2v;
- Site da UFSC, disponível em:
http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/Consulta/Autor.php?autor=12293, acesso em 31/07/2009.
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