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Charada, de José Pereira Brandão (1889)

José Pereira Brandão nos propõe a seguinte charada, publicada na Gazetinha de Campina Grande:

Vamos caro amigo,                    11, 6, 6, 5, 12
Para aquelle lugar?                   8, 6, 6, 15
Ver a mulher no baile              2, 8, 6, 7, 14
E o governador visitar?           9, 3, 7
Pelejando inútil                         4, 3, 9, 11, 6, 13, 3
Com este confessor;                 14, 2, 9, 8, 4, 13
Fraco e cobarde,                        11, 2, 1, 9, 15, 10, 8
Em grau superior.                     14, 10, 10, 7, 9, 11

CONCEITO

Que trabalho meu deu!
Para formar o conceito:
É nome de uma mulher,
Decifre quem tiver geito.

Esperança, 26 de Setembro de 1889.

José Pereira Brandão

Mais conhecido por “Santos Cacheiro”, José Brandão ocupou o cargo de Escrivão do 2º Juizado de Paz do Distrito de Esperança, nos anos 1896 à 1913. Gostava de escrever logogrifos, que publicava nos jornais de Campina Grande, e possuía uma venda de molhados em Esperança (Almanack da Parahyba: 1889).

Rau Ferreira

Referência:

- A GAZETINHA, Jornal. Edição de 29 de setembro. Campina Grande/PB: 1889.

Comentários

  1. Boa tarde! Td bom? Estou fazendo uma pesquisa sobre charadas antigas. Vc poderia me tirar uma dúvida? O que significa os números após os versos? Obrigada
    Luciana

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