E era o negro
e era o tronco,
e era o negro no tronco,
o tronco do negro no tronco.
E a seiva descia,
e o sangue corria,
o sangue do negro no tronco.
E o látego fustigava
a carne vegetal,
o tronco do negro no tronco.
E o tronco gemia
o lamento do negro no tronco.
E o tronco era o negro,
e o negro era o tronco,
o tronco do negro destroncado.
E o tronco sangrou...
E o tronco era o negro,
e o negro era o tronco,
o tronco do negro no tronco.
O tronco enegreceu,
e o negro fundiu seu tronco
no tronco,
e o sangue do negro gotejou o chão,
espirrou,
e escreveu
uma parte da História do Brasil.
e era o tronco,
e era o negro no tronco,
o tronco do negro no tronco.
E a seiva descia,
e o sangue corria,
o sangue do negro no tronco.
E o látego fustigava
a carne vegetal,
o tronco do negro no tronco.
E o tronco gemia
o lamento do negro no tronco.
E o tronco era o negro,
e o negro era o tronco,
o tronco do negro destroncado.
E o tronco sangrou...
E o tronco era o negro,
e o negro era o tronco,
o tronco do negro no tronco.
O tronco enegreceu,
e o negro fundiu seu tronco
no tronco,
e o sangue do negro gotejou o chão,
espirrou,
e escreveu
uma parte da História do Brasil.
Magna Celi de Souza
Fonte:
- Extraído do livro: "Sangue e Luz", João Pessoa, 1985.
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