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Prédica de Dom Palmeira - Quaresma de 1976

  Prédica é um discurso ou sermão redigido pelo religioso, que se diferencia da homilia porque essa é dirigida às celebrações sacramentais. A peça que temos em mãos é uma prédica escrita pelo Monsenhor Manoel Palmeira da Rocha por ocasião de seu curso de Teologia em Roma, escrita na quaresma de 1976. Esta nos foi doada por Ônio Emmanuel Lyra, Oficial do Registro Civil, filho de José Lyra de Souza, que foi colega de seminário do Monsenhor Palmeira. Devido a sua importância histórica, resolvemos reproduzir, ipsi litteris este discurso do Monsenhor Palmeira. Nos reservamos, porém, sobre certos aspectos da doutrina católica, já que confesso a fé protestante, que considera a salvação como graça de Deus, que independe das obras, e que é dom de Deus, concedida aos seus eleitos desde o princípio dos tempos. Pois bem. Vamos ao texto produzido pelo Monsenhor Palmeira para a “Università Pontificia Salesiana”, da ordem de S. J. Dom Bosco, sediada em Roma: “ O Mistério Pascal, a Vitória...

Rua Manoel Rodrigues de Oliveira

  A principal rua de Esperança, na Paraíba, tem muita história para contar. Foi ela o ponta pé inicial do povoamento que se estabeleceu a partir de uma feira semanal de gêneros alimentícios, de onde se iniciou também uma capela sob a invocação de N. S. do Bom Conselho. O descampado naquela área tinha posição geográfica privilegiada, pois era caminho dos viajantes que desciam o Brejo de Areia com destino aos engenhos de Alagoa Nova, ou daqueles que prosseguiam para Campina Grande. E no entroncamento da rua do Sertão (Solon de Lucena), ficavam os tropeiros, que apeavam os seus muares para pernoite, com cargas de farinha e rapadura. Aliás, foi Epaminondas Câmara, um dos primeiros historiadores paraibanos, filho natural de Esperança, que descobriu a “civilização da farinha”, tão importante para o povoamento da nossa região. Irineu Jóffily – a despeito de quem supõe ter nascido nessas paragens –, narra que “ as gameleiras com que a rua principal está arborizada foram estacas dos c...

Quimera, poema de Rau Ferreira

  Fugaz nas horas de melancolia Passam os meses, passam os dias Tudo passa e nada trás... O arvorecer de um novo dia O anoitecer não satisfaz... A vida é breve e não tardia Nos jograis, de suave covardia.   Quisera encontrar-te vadia Vazia com os seus rivais; Em noticiários de jornais. Mas foi um “bom dia”, “boa tarde”, e nunca mais. Você de mim fugira E fui ficando rapaz.   Quiser encontrar-te um dia Somente um dia, só um dia! E nunca, nunca jamais!   Umbuzeiro-PB, 1º de abril de 2023 .   Rau Ferreira

Helleno Henriques da Silva

Helleno Henriques da Silva nasceu em Esperança-PB, aos 20 de abril de 1900. Era filho de Manoel Henriques da Silva e Maria Narciza da Conceição. Tinha dezesseis irmãos, entre eles : João Henriques, Maria Helena, Joaquim Virgolino, Ana Henriques, José Narciso, Olívia Henriques, Joana, Matias, Rosa, Emílio, Maria Violeta e Isabel. Sobre esta família, escreve Cristino Pimentel: “ É uma família muito unida. Um clã que se espalhou por diversas partes do Estado, e hoje uma boa parcela dos seus elementos vive e trabalha em Campina Grande, honrando a sociedade e o comércio da cidade ” (Edições Caravela: 2001). Cursou medicina na Bahia e foi ex-interno do Prof. Martagão Gesteira e auxiliar acadêmico da Liga Bahiana contra a mortalidade infantil (O Tempo: 1934). Seria cirurgião se não houvesse sido arrebatado pela pediatria, assim nos informa o Dr. André Brasileiro em seu trabalho “ Pilares da Medicina de Campina Grande ”. Recém formado, na década de 1930, instalou consultório à rua Sena...

Lista dos cantores que se apresentaram em Esperança-PB

Esperança-PB - conhecida por suas festas que atraem turistas de todos os recantos -, vivenciou o seu auge na segunda metade do século passado, através de seus clubes sociais e da animadíssima “festa da padroeira” que ainda se realizava nos finais de ano, início de Ano Novo. Muitos foram os artistas que se apresentaram nesta cidade, dos quais tentamos lembrar, destacando aqueles que tem projeção nacional/regional, devido a sua importância para a história da música ou impacto junto ao público. Apresento, abaixo, segue uma lista dos cantores de ontem e de hoje que já se apresentaram em Esperança, seja nos clubes da cidade, bares, movimentos de rua e quermesses da igreja.   * Atualizando e corrigindo ...* (Em ordem alfabética) Aguinaldo Timóteo – Caobe Altemar Dutra – Caobe Amazan – Rua/Trio Ângela Maria – Campestre Antonio Barros & Ceceu – Rua Antônio Marcos – Cine S. José As Coleguinhas – Caobe Capilé – Rua/Trio Cirano & Cirino – Rua/Trio Cláudia B...

Por que "Boa Esperança"?

  O município de Esperança, ao longo de sua história, recebeu algumas denominações: Banabuyê (1757), Boa Esperança (1872) e finalmente Esperança (1908). Narra a história que Frei Herculano teria mudado o topônimo de Banabuyé, enquanto uma outra versão atribui o feito ao Padre Ibiapina. Coriolano de Medeiros, por sua vez, afirma que a mudança coube ao Frei Venâncio. Estas narrativas guardam, porém, uma certa conexão com os fatos e mantém íntima relação com a religiosidade local. Segundo consta, a primeira missa foi realizada por Frei Herculano nas proximidades do Tanque do Araçá. O Padre Ibiapina teria nos visitado em missão, e supõe-se que tenha construído o cemitério local por volta de 1862. Atribui-se à Frei Venâncio a iniciativa de se construir a Capela do Bom Conselho em 1860. Assim, a “vila” de (Boa) Esperança ficou conhecida pelos antigos. Ferino de Góis em carta a Romano anterior a 1891, citado por Átila Almeida, recita os versos em que destaquei: Cheguei em Boa Es...

Silvino Olavo e o "Football"

  Poucos sabem, mas além de poeta, jornalista e escritor, o conterrâneo Silvino Olavo também participava de eventos esportivos. Foi ele o embaixador da “Delegação Parahybana de Football” que representou o Estado no  5º Campeonato Brasileiro de Seleções . O certame aconteceria na capital federal em outubro e Silvino havia sido convidado pela Liga Desportiva Parahybana para presidir aquela delegação, que era secretariada por Severino de Carvalho e tinha como diretor técnico Manoel de Oliveira. O embarque ocorreu no dia 29 de setembro, seguindo a comitiva a bordo do paquete “Pará” com o objetivo de disputar o no Campeonato Brasileiro de 1927. Embarcaram o diretor e secretário da comitiva, e representando a imprensa, o poeta Peryllo D’Oliveira. O “Scratch” paraibano tinha como titulares: J. Miguelinho, Simão Capela, Adalberto Araújo (Chaguinhas), Severino Conrado de Lima (Siba), Severino Vinagre, Edgard de Holanda, Rivaldo de Holanda (Pitota), Waldemar Góes (Vavá), Antônio V...