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Gente nossa

 

Assis Diniz editou nos anos 80 do Século passado uma revista comemorativa, alusiva aos 60 anos de emancipação política de Esperança. Neste magazine elencou alguns esperancenses, traçando lhes o perfil biográfico, cujo rol aproveitei para alargar as informações apresentadas, fruto de minhas pesquisas. São eles:

Júlia Santiago – prestou relevantes serviços à Paróquia do Bom Conselho. Tocava a serafina (harmônico) e lecionava catecismo. Nascida em Esperança no dia 28 de dezembro de 1884. Faleceu com a idade de 98 anos, às 06:00 horas no Lar da Providência “Carneiro da Cunha”, na capital paraibana, em 23 de abril de 1983. Notificou o Dr. João de Deus Melo, vítima de insuficiência cardíaca, atestada pela médica Dra. Neuza Maria da Conceição Costa. Era filha de Joaquim de Andrade Santiago e Ana de Souto Santiago. Eles residiam na rua Monsenhor Severiano. dona Júlia foi sepultada no cemitério público de Esperança. Eram seus irmãos: Luiz de Andrade Santiago (1860), Antônia de Andrade Santiago (1875-1964), Olinto de Andrade Santiago (1879-1960), Plácido de Andrade Santiago (1888) e Ana Santiago Donato (1892-1957).

Rachel (Teté) Rodrigues – a beata costumava ornamentar o altar-mor da Matriz com lírios. Era irmão do primeiro prefeito, o Sr. Manuel Rodrigues de Oliveira. Era a responsável pelas lapinhas, jogos de bilhetinhos e pinturas em aquarelas que realizava em benefício da igreja.

Francisco Cunha Cavalcante – conhecido como Francisquinho. Nasceu em 08 de junho de 1916. O seu dormitório-restaurante, nas imediações do Tocaia Mercantil, era o “Wisquitório” (escritório) da politicagem. Faleceu em 1983. A viúva Sra. Josefa Bezerra da Cunha, após a sua morte, tomou conta da pensão na rua do Sertão.

Patrício Firmino Bastos – seu Patrício nasceu em 09 de fevereiro de 1906. Casado com Maria Diniz desde 28 de julho de 1933, era tido como “rigoroso e sistemático, moralista dos quatro costados de uma propriedade à toda prova”. Esteve no comércio por 64 anos. Seu filho Raimundo Bastos foi quem lhe sucedeu após o seu falecimento em 28 de julho de 1985. Eram seus irmãos: José Jesuíno Firmino Bastos (Zizi), Paulina Virgulino, Joana Firmino Bastos (Janoca), Antônio Firmino Bastos e José (Zuza) Valdez.

Maria Diniz (Bastos) – esposa de seu Patrício, irmã de Assis Diniz. Ela nasceu em 03 de setembro de 1910. Era filha de Antônio Francisco Diniz e Maria Rodrigues de Oliveira. Faleceu no dia 29 de agosto de 1984, vítima de insuficiência renal crônica e parada cardiorespiratória, atestada pelo Dr. Luciano José de Oliveira. Residia na rua Monsenhor Severiano nº 115, nesta cidade. Deixou os seguintes filhos: João Batista, Raimundo, Maria de Lourdes (Lourdinha), Raquel Gerusa e Sebastiana (Biva). Seu pai era Antônio Francisco Diniz, o “Totonho Cambeba”, que foi Partidor Judiciário. A sua irmã Emília Diniz era freira no Recife/PE. Dona Maria foi sepultada no Cemitério N. S. do Carmo, neste município. Eram seus filhos: Severino, Adelina, Sebastiana (Tana), Maria e Gigi, do seu primeiro casamento.

Jovino Pereira Brandão – filho de José Pereira Brandão e Lucila Maria de Jesus (Brandão), era casado com dona Júlia (Donato) de Araújo Brandão, sendo ela filha de Manoel João de Maria e Maria Joaquina da Conceição. Casados nesta freguesia aos 10 de junho de 1923. Foi celebrante o Padre José Borges. Jovino mascateava (negociava) com miudezas, ferragens, louças e tintas. Seus filhos: Judit, Joadiva, José, Jaci, João e Juraci. Este último foi Oficial de Justiça da Comarca. A data de seu nascimento é incerta. No Family Search consta como sendo 1899, porém na Revista 60 Anos indicou-se como sendo 05 de fevereiro de 1881. Júlia, sua esposa, nasceu em 03 de maio de 1898, e faleceu em 17 de novembro de 1985.

José Jesuíno de Lima – seu Lita. Era filho de Manoel Jesuíno de Lima e Luiza Jesuíno de Lima. Nasceu em 1899. E faleceu em Campina Grande, no dia 15 de abril de 1980. Casou-se em primeiras núpcias com Josefa Graciano de Lima em 1930, ficando viúvo em 1958. Era proprietário da Casa Santa Terezinha, na rua Manoel Rodrigues. Antes de faleceu abriu uma firma em Campina Grande de venda em grosso na rua João Pessoa. Faleceu aos 80 anos, deixando oito filhos: José, Jurandi, Janduí, Jamaci, Juvenil, Maria Luiza e Maria de Lourdes. Foi sepultado no cemitério de Esperança.

José (Zuza) Valdez – era irmão de Patrício Bastos, Antônio de Bertina e Fausto Bastos. Zuza vendia tecidos. O seu irmão Fausto Firmino Bastos iniciou no comércio com a “Casa Campos”, foi presidente da Associação dos Empregados do Comércio, e depois se associou a Zuza abrindo a firma “J. Valdez & Irmão”. O seu filho Cristóvão Gabínio era jornalista, editor d’O Fluminense e do informativo da Câmara de Diretores Lojistas. O irmão Antônio era o pai de Salathiel Coelho, sonoplasta da Tupi, Record e Bandeirante. Fausto Bastos era casado com Salomé Ribeiro, filha de Luís Ribeiro dos Santos.

Francisco Chico Pintor – pintor, filósofo e responsável por algumas esculturas da Matriz. Era uma pessoa “de baixa estatura, roupa suja de tina (...) que pintava coisas maravilhosas”, como escreve Maria Violeta Silva Pessoa em suas reminiscências. Conforme Assis Diniz nos reporta: “pertencia à família dos Bronzeados, de Remígio”.

Francisco Souto – o “sinhozinho” (que era primo legítimo de Totonho Cambeba) era proprietário em Alagoa Nova, pai de José Souto, Manuel souto e Lica Souto, tendo netos o Deputado Francisco Souto e Edízio Souto. José Souto era casado com Olímpia Souto. “Este casal era de uma dignificante união. (...). Dona Olímpia era uma senhora virtuosa e muito prendada. Parece ter sido uma tristeza para ela o fato de não ver Chico Souto ordenado sacerdote, pois este abandonou seus estudos no Seminário Diocesano de João Pessoa, tornando-se um bem sucedido homem a lidar com cartórios”, escreve Assis Diniz.

José Irineu Diniz – o “Zezé Cambeba” era homeopata. Nascido em 15 de dezembro de 1865, era casado com dona Rosalina e pai do saudoso advogado Severino Irineu Diniz. Zezé exerceu os cargos de Juiz de Paz, Partidor e Distribuidor Judiciário. Católico praticante, organizava as festas de Santo Antônio da cidade. Residia onde hoje é a agência da S. José. Faleceu em 15 de abril de 1930, e sepultado no mesmo dia, conduzido o féretro pelo juiz municipal Dr. Orlando de Castro Pereira Tejo e auxiliares da justiça para o cemitério local.

Antônio Coelho de Carvalho – conhecido por Yoyô. Era casado com Firmina Marcelina. Nasceu em 1871, e faleceu em 1º de março de 1953. É pai do professor José Coelho e do Promotor Público Paulo Coelho, além de Teté Coelho e Marieta Coelho.

Alfredo Régis – era casado com Maria Régis, e pai do juiz militar José Bolivar Régis. Era quem organizava o “prado” (corrida de cavalos) na rua que saia para a Timbaúba, e que hoje leva o seu nome (Lei nº 331/76). Narra Assis que “Alfredo era de um andar com passos vagarosos, pouco virava o rosto, de resto, só olhando para a sua frente. Um de seus cavalos se chamava “Cadilaque”.

Maximino Pedro – comerciante de estivas, irmão de Manuel Pedro, João Pedro e Severino Pedro. Os “Pedro” ao todo eram treze irmãos. Quando eram pequenos, houve uma grande seca na região de Esperança. A mãe ficou viúva e tecia algodão para fazer um “roupão” com quem vestia os filhos. Por serem crentes, foram muito perseguidos neste município e, mudando-se para Campina Grande, progrediram no comércio local. Sócrates e Sóstenes Pedro se envolveram na política e se tornaram vereador e deputado estadual. Sócrates foi eleito a primeira vez em 1974, reeleito em 1978 e 1982.

Pedro Mendes – farmacêutico, proprietário da “Pharmácia S. Pedro”, que ficava em frente a agência da empresa S. José, que foi uma das primeiras drogarias de Esperança. Ele foi vice prefeito de Francisco Bezerra (1951-1955).

Antônio Alves da Rocha – comerciante de miudezas e agricultor, filho de Manuel Alves da Rocha. Casou-se em duas núpcias, sendo a segunda com a Sra. Rita Feliciano da Costa. É pai de Antônio Henrique da Rocha, e do Oficial de Justiça José Henriques da Rocha.

Severino de Alcântara Torres – homem muito religioso, casado com dona Corina, que era irmã de dona Celina, antiga professora de nosso município. Ambas eram irmãs de Antônio Coelho, que foi prefeito de 1969 a 1973. Severino era pai do Procurador de Justiça Antônio de Pádua Torres. A família “Torres” veio do sertão para Esperança. Severino era irmão de Pedro (1888-1939) que era casado com Celecina de Farias Torres, e que foi delegado nos anos 1930. Severino era exímio orador, ajudava nos trabalhos da igreja.

Sebastião Batista Júnior – era o pai de Cicinato (1914-1999), casado com Maria do Carmo Lima (1916-1999), do grande cantor Diogo Batista e de Elizabeth, Mário, Maria de Lourdes, Geraldo, Manoel, Martha e Socorro. Ele nasceu em setembro de 1885, e faleceu em 1963. A sua esposa Ana Maria da Trindade nasceu em agosto de 1900, e faleceu em 1972. Maria do Carmo, esposa de Cicinato, era filha de Cassimiro Jesuíno de Lima (1877-19670 e Sebastiana Nicolau da Costa (1886-1964).

 

Assis Diniz, editor do jornal “Esperança 60 Anos”, dá como fundadores da Vila de Esperança os imigrantes portugueses Edgar Batista da Silva e Ana Lúcia da Silva.

Sebastião Batista Júnior, se não me engano, era conhecido como Yoyô de Ginú, nome de uma de nossas ruas.

Não coloquei neste rol José Ramalho da Costa, referido pelo jornalista em seu trabalho. Pra falar de seria necessária uma postagem inteira, não podendo se resumir a poucas linhas devido a sua importância para o nosso município. E pelo menos motivo não coloquei o Padre Zé Coutinho.

Omiti Luiz Gil de Figueiredo. O professor e jornalista, fundador do jornal O Rebate, periódico nascido aqui nesta cidade, Segundo o repórter Assis Diniz, Luiz Gil casou-se “numa festa pomposa, muito concorrida (...) com Sebastiana Diniz (Tana), filha de Totonho Cambeba”.

Também ficou de fora Lydia Fernandes, diretora da Escola “Irineu Jóffily”, que foi casada com Theotônio Cerqueira Rocha (1887-1967), que era Adjunto de Promotor Público. Dona Lydia nasceu em 1877. Na opinião de Assis: “Muito charmosa, vaidosa, elegantíssima, foram predicados que a acompanharam na vida”.

Por fim, o jornalista conclui com a sua lista com Samuel Duarte, que era tido como o “publio lentulus” (tribuno romano) esperancense e foi diretor do jornal A União, Secretário do Interior e Justiça e Deputado por duas legislaturas, tendo assumido a presidência da Câmara Federal.

 

Rau Ferreira

 

 

Fontes:

- 82 ANOS, Revista Esperança. JB Assessoria e Comunicação. Jacinto Barbosa – Editor. Esperança/PB: 2007.

- CORREIO DE ESPERANÇA, Jornal. Ano I, Nº XII. Esperança/PB: 1930.

- ESPERANÇA, Livro do Município (de). Projeto Gincana Cultural/83 – “Descubra a Paraíba” – Coleção Livros dos Municípios 006/171. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985.

- ESPERANÇA, Revista 60 Anos (de). Edição de 1º de dezembro, Editor Assis Diniz, G.G.S. Gráfica. João Pessoa/PB: 1985.

- LAEMMERT, Almanak. Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial. Edições 1911, 1913, 1914, 1915, 1917 e 1922. Rio de Janeiro/RJ.

- LIVRO 3, Administrações Luiz Martins de Oliveira. Esperança /PB: 1988.

- REGISTRO CIVIL, Cartório. José Jesuíno de Lima. Livro C-15. Registro nº 15.471. Campina Grande/PB: 1985.

- REGISTRO CIVIL, Cartório. Júlia Santiago. Livro C-10. Registro nº 10.462. João Pessoa/PB: 1985.

- REGISTRO CIVIL, Cartório. Maria Diniz. Livro C-15. Registro nº 15.471. Campina Grande/PB: 1985.

- REGISTRO PAROQUIAL, Igreja Matriz. Livro de Tombo nº 03. Casamentos: 1923-1929. Esperança/PB: 1923.

 O FLUMINENSE, Jornal. Edição de 16 de junho. Niterói/RJ: 1996.

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