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Mostrando postagens de abril, 2025

Odaildo: remoendo histórias

Por esses dias Odaildo enviou-me mensagem por aplicativo de celular. Dizia-me da satisfação em ler o BlogHE. E o quanto essa leitura reavivara as suas memórias. É um bom amigo. De forma cordial, cita alguns das personagens esperancenses, que ele mesmo conheceu. Enfim, nesse contexto histórico reproduzo a sua mensagem: “ Dr Rau, acho mais bonito assim. Suas histórias da nossa Esperança me fazem gostosas lembranças que alegram meu coração e remove da minha mente a Esperança de outrora, tão interessante, tão pura o que hoje foi esquecida pelo materialismo que existe em nossa população. Mas, nunca é demais relembrar. Tem dias que fico remoendo minha história e vejo e agradeço a Deus ter vivido nesse tempo. Me lembro de Zé burra feia, me lembro de Pedro Pixaco, me lembro de Faustino andando na rua comendo um pão crioulo com figo aferventado, me lembro de Massilon, guarda noturno, dormindo com o apito na boca, na porta da igreja, me lembro de Garrancho com seu sapato Fox fazendo barulho ...

Salvação, poema de Rau Ferreira

  Salvação Eu era nada E nada me enchia Nada satisfazia O meu ego.   Eu era nada (nada ainda sou) Jesus me salvou! Disso não nego.   Hoje prego Pra você a salvação O reino eterno De amor e comunhão.   Quem crê, será salvo Quem não, está condenado; Creia e serás também Com Cristo uma união.   Banabuyé, 16/04/2025   Rau Ferreira   Comentário : Não há reparos a fazer, sobretudo na doutrina, os veros escolhe-se silabação distinta que é absolutamente normal, fica a critério do poeta; mas a doutrina e o ensino que está presente nos versos é absolutamente bíblica, porque fala a respeito da nossa condição, ao tempo que exalta a suficiência, a glória devida do nosso Salvador. Os versos do ponto de vista métrico têm quatro, cinco ou seis sílabas poéticas e isso é ao talante do poeta que vai construindo o seu poema. A doutrina é boa, é bíblica e saudável, poeticamente comunica aquilo que Cristo é e o que nós nos...

José Régis, por Martinho Júnior (1ª Parte)

Por Martinho Júnior   Dr. José Régis, ilustre filho de Esperança, marcou sua trajetória como exemplo de ascensão e realização no âmbito jurídico. Filho do respeitado Sr. Alfredo Régis, que dá nome a uma das ruas da cidade, José Régis galgou muitos degraus na carreira jurídica, consolidando-se como juiz e acumulando um currículo repleto de títulos e funções de destaque na área do direito. Homem de vasta cultura e vivências globais, viajou por mais de uma dezena de países, enriquecendo sua visão de mundo e sua bagagem intelectual. Retornando à sua terra natal, movido pelo desejo de retribuir à comunidade suas experiências e conhecimentos, decidiu candidatar-se a vereador, vislumbrando contribuir diretamente para o desenvolvimento local. Contudo, sua entrada no cenário político revelou-se um choque de realidades. Esperança, que poderia ter visto em sua candidatura um privilégio raro, mostrou-se indiferente ao valor de sua capacidade intelectual e boa vontade. Enfrentando inúmeras ...

Sol e sua atuação jornalística

Poeta, jornalista e escritor Silvino Olavo da Costa destacou-se em publicações na imprensa da Parahyba, Pernambuco e Rio de Janeiro. Silvino nasceu na Lagoa do Açude, muito distante da sede do município. O seu pai era fazendeiro. Naquele tempo, devido a distância e outros fatores, os proprietários "contratavam" professores para lecionarem aos seus filhos e filhos dos moradores. Esses mestres passavam a residir na propriedade e a sala da Casa Grande lhes servia de escola. É provável que isto tenha acontecido ao poeta. A educação "formal", por assim dizer, ele iniciou no Externato do casal Joviniano Sobreira e Maria Augusta, em Esperança (1915). Presume-se que já sabia ler, assim como fazer contas simples; não se exigia muito além da tabuada e algumas operações matemáticas. De maneira que o seu ingresso escolar, neste município, no meu entender foi para complementar a sua educação, pois ele só poderia prosseguir para o ginásio se passasse pelo ensino primário. ...

A minha infância, por Glória Ferreira

Nasci numa fazenda (Cabeço), casa boa, curral ao lado; lembro-me de ao levantar - eu e minha irmã Marizé -, ficávamos no paredão do curral olhando o meu pai e o vaqueiro Zacarias tirar o leite das vacas. Depois de beber o leite tomávamos banho na Lagoa de Nana. Ao lado tinham treze tanques, lembro de alguns: tanque da chave, do café etc. E uma cachoeira formada pelo rio do Cabeço, sempre bonito, que nas cheias tomava-se banho. A caieira onde brincávamos, perto de casa, também tinha um tanque onde eu, Chico e Marizé costumávamos tomar banho, perto de uma baraúna. O roçado quando o inverno era bom garantia a fartura. Tudo era a vontade, muito leite, queijo, milho, tudo em quantidade. Minha mãe criava muito peru, galinha, porco, cabra, ovelha. Quanto fazia uma festa matava um boi, bode para os moradores. Havia muitos umbuzeiros. Subia no galho mais alto, fazia apostas com os meninos. Andava de cabalo, de burro. Marizé andava numa vaca (Negrinha) que era muito mansinha. Quando ...