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Mostrando postagens de fevereiro, 2025

Luiz Pichaco

Por esses dias publiquei um texto de Maria Violeta Pessoa que me foi enviado por seu neto Ângelo Emílio. A cronista se esmerou por escrever as suas memórias, de um tempo em que o nosso município “ onde o amanhecer era uma festa e o anoitecer uma esperança ”. Lembrou de muitas figuras do passado, de Pichaco e seu tabuleiro: “vendia guloseimas” – escreve – “tinha uma voz bonita e cantava nas festas da igreja, outro era proprietário de um carro de aluguel. Família numerosa, voz de ébano.”. Pedro Dias fez o seguinte comentário: imagino que o Pichaco em referência era o pai dos “Pichacos” que conheci. Honório, Adauto (o doido), Zé Luís da sorda e Pedro Pichaco (o mandrião). Lembrei-me do livro de João Thomas Pereira (Memórias de uma infância) onde há um capítulo inteiro dedicado aos “Pichacos”. Vamos aos fatos! Luiz era um retirante. Veio do Sertão carregado de filhos, rapazes e garotinhas de tenra idade. Aportou em Esperança, como muitos que fugiam das agruras da seca. Tratou de co...

Francisco Tancredo Torres

Francisco Tancredo Torres   Francisco Tancredo Torres nasceu no município de Esperança, Estado da Paraíba, no dia 17 de abril de 1928, embora conste em seu registro o dia 18 como sendo o seu natalício. Era filho único do casal Joaquim Vitório Torres (seu Quincas) e Leonélia de Gouveia Torres (dona Nely). Foram seus padrinhos Antônio D’Ávila e Yayá, sua tia paterna. O seu pai era proprietário de uma fazenda na Lagoa de Pedra até que, em meados de 1913, foi nomeado Guarda Civil e, em 1918, foi trabalhar em uma estrada que estava sendo construída entre Soledade e Santa Luzia do Sabugi. Retorna nos anos 20 do Século passado para a Lagoa do Remígio, se estabelecendo no comércio de tecidos e miudezas em geral, com a loja “Flor da Serra”. Mas devido a violência, transfere-a para Esperança. É o próprio Dr. Tancredo quem relata: “Não teve vida longa, foi efêmera a sua existência. Germinou em Remígio, transplantou-se para Esperança [...]. Era uma das mais destacadas casas comerciais da f...

Esperança, por Maria Violeta Silva Pessoa

  Por Maria Violeta da Silva Pessoa O texto a seguir me foi encaminhado pelo Professor Ângelo Emílio da Silva Pessoa, que guarda com muito carinho a publicação, escrita pela Sra. Maria Violeta. É o próprio neto – Ângelo Emílio – quem escreve uns poucos dados biográfico sobre a esperancense: “ Maria Violeta da Silva Pessoa (Professora), nascida em Esperança, em 18/07/1930 e falecida em João Pessoa, em 25/10/2019. Era filha de Joaquim Virgolino da Silva (Comerciante e político) e Maria Emília Christo da Silva (Professora). Casou com o comerciante Jayme Pessoa (1924-2014), se radicando em João Pessoa, onde teve 5 filhos (Maria de Fátima, Joaquim Neto, Jayme Filho, Ângelo Emílio e Salvina Helena). Após à aposentadoria, tornou-se Comerciante e Artesã. Nos anos 90 publicou uma série de artigos e crônicas na imprensa paraibana, parte das quais abordando a sua memória dos tempos de infância e juventude em e Esperança ” (via WhatsApp em 17/01/2025). Devido a importância histór...

O destino de um poeta

  Oscar de Castro Por esses dias deparei-me com uma produção textual de Oscar Oliveira Castro, consagrado médico, natural de Bananeiras, nesse Estado da Paraíba. Presidiu a Academia Paraibana de Letras e também fundador da Cadeira nº 02 daquela Casa, hoje ocupada pela professora Maria do Socorro Silva Aragão. Foi uma coincidência enorme encontrar no Volume 4, do ano de 1948 na revista da APL, após algumas buscas na web, com o título: “Destino de um poeta”. A cópia veio-me pelas mãos benfazejas de Cícero Caldas Neto, este colega que acumula a presidência do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (triênio 2024/2027) com a instalação do Instituto Histórico de Guarabira. De pronto chamou-me a atenção a poesia “O meu palhaço”. Não duvidei. Era de Silvino Olavo quem Oscar discorria em sua espetacular crônica. Há muito conhecera o poeta esperancense. Fizeram o secundário juntos e participaram do jornal “A Arcádia” do Colégio Pio X. Nessa escola atuaram em pelo menos duas peça...