Muitos são os folcloristas que se dedicam ao estudo da nossa literatura de cordel, seus cantadores e repentistas; desde Câmara Cascudo a Átila Almeida, passando por pesquisadores da nossa cultura popular, como José Alves Sobrinho. Uns poucos jornalistas se enveredam por essa trilha, caminho esse que lhes é desconhecido, considerada as peculiaridades do povo nordestino. Para nossa surpresa nos deparamos com uma matéria de um repórter espanhol, que visitando a Paraíba, registrou as suas impressões em um veículo de comunicação conhecido por “Brecha”. O autor inicia o seu trabalho descrevendo o cotidiano da feira de Campina Grande e sua miscigenação. Em frente ao Cassino Eldorado, depara-se com um cantador. É José (Dedé) Patrício de Souza, quem lhe chama a atenção: “ Dedê da Mulatinha. Un vendedor de raíces de unos ochenta años. Raíces para el corazón. Para el estómago. Para un sexo sin límites. Una española picarona compra estas últimas. Dedê es poeta. Canta sus versos y los v...
Cidade. Esperança. Parahyba. Brasil.