Do folhetim em questão apenas mencionava, sem nenhum detalhe, o jornalista José Leal, a existência de um “Correio de Esperança”, elencado pela escritora Maria de Fátima S. Araújo na obra “Paraiba, imprensa e vida: jornalismo impresso, 1826-1986”.
Também o “Novo Tempo”,
jornal estudantil de Evaldo Brasil & companheiros, arrola entre os jornais
que circularam em Esperança, talvez reproduzindo a informação anterior.
Intensificando as nossas
pesquisas, descobrimos no “Sumário da Imprensa”, do Diário de Pernambuco,
notícia de sua veiculação, que reproduzimos a seguir:
“Correio de
Esperança – temos em mãos o n. 10, ano 1º, do Correio de Esperança, periódico
que se publica na cidade de Esperança, na Parahyba do Norte, sob a direção do
dr. Odilon Feijó.
O
interessante periódico é bem impresso e bem redigido”.
O “Correio de Esperança”
foi lançado em 1930, era de propriedade de Sales & Andrade, e tinha
circulação semanal. A redação e oficina funcionava na Rua Joviniano Sobreira. O
expediente era assinado por Luiz Gil de Figueiredo, tendo como
redator-secretário Severino Torres. O jornal aceitava colaboração franca e
anúncios comerciais. A assinatura anual custava 10$000 e o número avulso $200.
Os números que tivemos
acesso traziam notícias da sociedade e artigos de interesse da comuna, a
exemplo dos falecimentos do cônego Francisco Almeida e de José Irineu Diniz. A
edição era patrocinada pela Pharmacia Oswaldo Cruz, de José de Andrade Melo, Casa
S. Francisco, de Floripes Freire de Sales, os quais entendemos serem os
proprietários do jornal.
O Dr. Sebastião Lima,
dentista, também figurava nas propagandas do jornal, assim como o “Cine Ideal”
de Ignácio Rodrigue d’Oliveira, a “Casa Souto” de José Souto, “A Vencedora” de
meu tio-avô Maximino Alves e a “Pensão Familiar” de Ivo Donato e muitos outros.
Há notícia de que se
publicava, também, na mesma oficina, folhetos de cordel de propriedade do poeta
Zé Parahybano, que eram agenciados por Severino Gazeteiro em Mulungu-PB, e na
própria redação do jornal em Esperança-PB.
Rau Ferreira
Referências:
-
ARAÚJO, Maria de Fátima. Paraiba, imprensa e vida: jornalismo impresso,
1826-1986. Editora e Jornal da Paraíba: 1986.
A despeito da notícia me sinto respondido de questões não claras nos tempos do Novo Tempo. Quando ao cine, assim chamava até ler na fachada da foto mais conhecida Ideal Cinema. Parabéns, mais uma vez.
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