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Cines Ideal e S. Francisco: primeiro ciclo

 

Cine Ideal de Inácio Rodrigues

A fascinação pelo cinema é muito antiga, pode-se dizer que desde que os irmãos Lumière exibiram no “Grand Café” a película “A chegada do trem”, em 28 de dezembro de 1896, o mundo ficou maravilhado com aquela invenção, que transformava imagens em movimento.

A nossa primeira experiência se deu com o “Ideal Cinema”, de propriedade do Sr. Inácio Rodrigues de Oliveira. Não temos a data de sua fundação, mas é certo que já existia em 1918, conforme uma nota publicada no jornal “A Província”, do Estado de Pernambuco, que nos informa:

“[...] pessoas idôneas da próspera povoação de Esperança solicitam licença para que o cinema d’ali continue a funcionar” (A Província: 12/11/1918).

Também pudemos conferir a existência deste cinema que exibia “filmes excepcionais, das melhores fabricas cinematográficas” (propaganda da época) em outras publicações; uma delas veiculada no Jornal “A União” reclamava do abuso de fumantes na sala de projeção e do ingresso de crianças:

Cine-Ideal – A gerência deste cinema está constantemente, a reclamar o abuso dos fumantes, na sala de projeção, e a entrada de crianças, sem o respectivo ingresso, o que até o presente não tem chegado ao conhecimento de alguns chefes de família.

Não sendo atendida no meu apelo doravante a empresa tomará as devidas providências, sanando, assim, esses abusos” (A União: 05/02/1936).

Inácio Rodrigues era filho de André Rodrigues de Oliveira e d. Maria Cecília do Amor Divino nascido nesse Município de Esperança-PB em 1880, casado em primeiras núpcias com Etelvina Rodrigues da Cunha (1881/1938), cerimônia realizada no dia 28 de abril de 1909, tendo desse consórcio os filhos: Cecília, Maria, Inácia, Antônia e Isaura. Em segunda núpcias foi casado com d. Terezinha da Franca.

Foi delegado (1926), subprefeito (1929/1937) e comerciante desta cidade, dono de um depósito que vendia “aguardente de cana e todos os utensílios destinados ao aparelhamento de animais para condução de cargas” (propaganda da época) localizado na rua do Sertão.

Por coincidência, os principais funcionários do Cine Ideal eram dois Franciscos: Titico (Francisco) Celestino da Silva, que era o projetista; e Francisco Cláudio de Lima (Chico de Pitiu) que abandonou os estudos por volta de 1939 para se tornar porteiro do cinema.

Passados alguns anos, seu Inácio repassou o cinema, com todo o seu equipamento para Titico Celestino, dedicando-se exclusivamente ao seu ofício de Delegado de Polícia. Inácio Rodrigues faleceu no dia 04 de setembro de 1958, aos 78 anos de idade, na Capital do Estado.

Francisco Celestino, apelidado pela mãe de “Titico”, era filho do casal Ana Maria e Joaquim, nascido em 18 de novembro de 1905. O pai consertava os instrumentos musicais revendidos pela “Loja das Noivas”, de Teotônio Costa e, o menino sagaz aos cinco anos já tocava harmônio (serafina), demonstrando assim sua inclinação para a música.

A oficina do pai também se tornou laboratório para o pequeno Titico, que também aprendeu a profissão do pai, e apesar do pouco estudo (ensino este adquirido junto ao Professor Palhano, incentivado pelo Padre José Borges), construiu aos 13 anos o seu primeiro carro de madeira com buzina, faróis e direção, e que era movido através de pedais. Era inventor, marceneiro e carpinteiro.

O Cine São Francisco sucedeu o Cine Ideal, permanecendo no mesmo prédio, na Rua Manuel Rodrigues, nº 97, vizinho ao Comercial Santa Terezinha, de seu Lita (hoje Farmavida). No Blog “Cine Mafalda” encontramos as seguintes informações, colhidas por seu autor junto a uma antiga produtora de São Paulo-SP:

CINE SÃO FRANCISCO - Prop. Francisco Celestino da Silva - Av. Manoel Rodrigues de Oliveira 97 - Fund. 1945 - Cinema - 250 lugs. Ap. 35 m/m - Func. 3 vezes por semana - Média anual 156 sessões - 16.100 espectadores”.

Inaugurado em 13 de maio de 1945 com a película “Sargento York”, o cinema contava com um sistema de som (que irradiava música para toda a cidade, especialmente música clássica) e de luz próprios.

O gerador, feito a partir de um motor de automóvel, iluminada os arredores do cinema e propiciava as retretas que marcaram época nas faltas de energia. Assim está escrito na Revista da Esperança, publicada em sua homenagem, no ano de 1997:

O serviço sonoro do cinema torna-se um dos primeiros a ser implantado na cidade. Nas faltas de energia, iluminava os arredores do cinema, e as retretas marcaram época” (Revista da Esperança, pág. 14).

O Cine S. Francisco exibia filmes em ambientes separados, onde a segunda assistia as imagens invertidas a preços populares. O público aguardava o início do filme ou dos espetáculos ao som de “Petit Fleur” de Billy Vaughn.

Eluesio Freire, engenheiro agrônomo, natural desta cidade, relembra alguns fatos pitorescos do Cine S. Francisco, em entrevista concedida a este autor:

“[...] um dos fatos mais pitorescos deste cinema era que as entradas na frente eram um preço, porque tinha cadeiras e as legendas eram em português. Mas quem não pudesse pagar a entrada pela frente poderia entrar por trás onde os assentos eram bancos de madeira e as legendas eram apresentadas ao avesso como num espelho, porém o cinema tinha um tradutor que lia as legendas às avessas em português claro para conhecimento de todos. Outro fato era que naquela época Esperança não tinha outro cinema ou casa de espetáculo e todos os cantores e cantoras que passavam pelo estado se apresentavam ao vivo. Além do mais as grandes séries do cinema americano como Zorro, Rin Tin Tin eram apresentadas semanalmente neste cinema, os quais eram os percursores das atuais novelas da televisão.  E toda a família de seu Titico trabalhava no cinema. Seu Titico na projeção, Inacinha na bilheteria e Socorro na entrada. Me parece que a educação do povo era maior que hoje porque era comum a película quebrar aí acendiam-se as luzes e em 2 a 5 minutos seu título emendava e dava sequência a projeção sem vaias ou impropérios”.

Havia-se muito respeito naquela época, coisa que se perdeu com o tempo, nas famílias brasileira, consoante relembra Eleusio: “qualquer palavrão ou demonstração de deseducação era motivo para seu Titico acender as luzes e dar uma tremenda bronca na plateia”.

Ao comentar sobre o sistema de som e o gerador do cinema, ele ainda nos conta Eleusio que “o cinema tinha seu próprio sistema de alto-falantes que fazia a propaganda dos filmes e anunciava a proximidade da exibição. A esquina de seu Patrício era o local onde se colocavam os cartazes dos filmes a serem exibidos. [...]. Seu Titico era um grande inventor e não tinha máquina que ele não consertasse inclusive suas máquinas de projeção. [...]. Tinha o gerador próprio nos fundos do cinema”.

O cinema contava com dois pisos, no qual o salão de baixo era dividido pela tela de projeção, com a entrada principal pela rua Manoel Rodrigues; e nos fundos a preços módicos. Tinha ainda os “camarotes”, próximo ao projetor, no qual ficavam as pessoas mais abastardas da sociedade e se cobrava mais caro por ter uma visão privilegiada da tela. As exibições eram anunciadas pela “difusora” e pelo “buzinofone” uma invenção de seu Titico.

Na época as peças do equipamento vinham do Rio de Janeiro, mas isso nunca foi nenhum empecilho para seu Titico, que além de projetista era também mecânico, confeccionando também as peças de modo artesanal, quando o maquinário apresentava algum problema. Tudo isso para que não faltasse nenhuma exibição.

Assim registra a Revista da Esperança em sua pág. 36, ao tratar da cinefilia com texto de sua redação:

Titico Celestino foi do operador de projetor ao mecânico de manutenção daquele equipamento, passando pela confecção de peças, artesanalmente, para não ter que interromper as atividades indo busca-las no Rio de Janeiro. Isso garantiu a existência do prazer dos cinéfilos, do ponto de encontro certo, da grande obra de lazer e, até mesmo, de um serviço sonoro e de iluminação no centro da cidade por mais de duas décadas”.

O Cine S. Francisco também funcionava como cineteatro devido a inexistência de uma casa de espetáculos na cidade. Titico tinha amizade com nomes importantes do rádio como Hilton Mota e Wilson Maux, que garantiam a vinda de artistas de renome para a Esperança e de trupes circenses que ali se apresentavam, com destaque para as dramatizações do Grupo Francisco Holanda.

Na falta de opções de divertimento na cidade, em pouco tempo o cinema se tornou um importante local onde a mocidade esperancense se reunia, fazendo seus moirões com os homens nas suas portas, enquanto as moças permaneciam nas janelas à espreita ou passeavam juntas pela calçada. E não poucas pessoas da zona rural o frequentavam, fazendo longas caminhadas, conforme nos relatou Antônio Barbosa Alves, da Eletrônica Barbosa:

Convivi e frequentei o Cine São Francisco, porque eu e meus irmãos morávamos no sítio, e depois na rua. Na época, eu, meus irmãos e alguns moradores, vínhamos do sítio para assistir filmes nas quartas-feiras, isso na década de 50. Quando terminava o filme os moços iram par ao bar de Manoel Genuíno, onde hoje é uma rua comercial. Nos anos 60 Marinês veio se apresentar no cinema; eu tive que assistir esse show com a minha namorada e minha irmã Carminha escondido, é por isso que na foto apareço escondido. A partir de 1959, meu pai veio morar na rua”.

Assim, este cinema foi palco de grandes apresentações como, grandes artistas nacionais se apresentaram no seu palco, como nos informa Eleusio Freire: “Carlos Guallhardo, Francisco Alves, Nelson Gonçalves, Orlando Dias, Marinês e Sua Gente, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Estas apresentações eram de gala e mais caras aí só a alta sociedade conseguia pagar”.

A Revista da Esperança, publicada nessa cidade nos anos 90, dá conta também da presença de Cauby Peixoto e Núbia Lafayete, que igualmente promoveram seus shows no cinema com muito glamour.

“[...] nem só de filmes vivia aquele espaço cultura. Cauby Peixoto, Núbia Lafaiete, Luiz Gonzaga, Marinez, Orlando Dias, Augusto Calheiros, Abidias, Rosil Cavalcanti foram algumas das estrelas do rádio que aqui estiveram, por diversas vezes” (Revista da Esperança, pág. 36).

Nos anos 50, ápice da dramaturgia local, foram montadas diversas peças no palco do Cine S. Francisco, organizadas pela professora areiense Donatila Lemos de Melo que selecionada dentre os seus alunos aqueles com maior desenvoltura, dicção e expressividade corporal para trabalhar seus textos de caráter didático-instrutivo, a exemplo das peças “Os Livros”, “A Princesa Herdeira” e “As Estações do Ano”.

O Cine S. Francisco encerrou o primeiro ciclo do cinema em Esperança, que seria retomado num segundo momento pelo Cine São José do Sr. José Pereira da Silva.

A Revista da Esperança comenta este momento de nossa história lamentando o descaso de nossas autoridades:

1967. As luzes da ribalta se apagam. Depois de 22 anos, deixa de funcionar o Cinema de Seu titico. O cineteatro perde a magia, por nossas autoridades não serem sensíveis o suficiente para transformá-lo em Espaço Cultural” (Revista da Esperança, pág. 15).

Seu Titico foi homenageado com a fundação do Núcleo de Cinema “Francisco Celestino da Silva”, pelo médico-psiquiatra Pedro Paulo de Medeiros, em 16 de janeiro de 1997. O cinema como opção de lazer faz muita falta aos esperancenses, que dispõe apenas de bares para o seu divertimento, que muito contribuem para as mazelas da sociedade, e pouco (ou nada) fazem pela cultura local.

 

Rau Ferreira

 

Referências:

- A PROVÍNCIA, Jornal. Ano XLI, Nº 312. Edição de 12 de novembro. Recife/PE: 1918.

- FERREIRA, Rau. Banaboé Cariá: Recortes da Historiografia do Município de Esperança. A União. Esperança/PB: 2016.

- MEDEIROS, Jailton. História de Esperança. s/d. Trabalho escolar. Produção do corpo docente. Esperança/PB.

- BRASIL, Evaldo. Histórico de Esperança. Manuscrito. s/d. Esperança/PB.

- CINE MAFALDA: Relação de Cinemas Antigos de Rua do Brasil em atividade nos anos 60, disponível em http://cinemafalda.blogspot.com/2010/10/esperanca-pb.html, acesso em 12/11/2021.

- A UNIÃO, Jornal. Órgão oficial do Estado da Parahyba. Edição de 20 de outubro. Parahyba do Norte: 1938.

- ESPERANÇA, Revista (da). Ano I, Nº 02. Março/Maio. Esperança/PB: 1997.

- ENTREVISTA: Antônio Barbosa Alves, concedida em 12/11/2021, às 14h26 horas via ligação telefônica ao autor.

- ENTREVISTA: Eleusio Freire, concedida em 12/11/2021, às 15:51 horas via WhatsApp.

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