Pular para o conteúdo principal

Júlio Ribeiro: primeiro prefeito eleito de Esperança (por João de Patrício)


Como sabemos, o município de Esperança foi emancipado no ano de 1925. Porém, as primeira campanha eleitoral, para a eleição do primeiro prefeito eleito diretamente pelo povo foi no ano de 1947, vinte e dois anos após a emancipação e, dez anos depois da inauguração do edifício, sede da administração municipal, como se vê na foto acima.
Não se tem notícia de fatos concretos da campanha eleitoral, como sejam: Cores de bandeiras, propaganda eleitoral, enfim, regulamento legal de candidaturas e tempo de duração da campanha eleitoral.
Pesquisando junto ao TRE-PB sobre histórico de eleições municipais na Paraíba, não há registro de eleições anteriores no nosso município. Daí, conclui-se que, todos os prefeito que assumiram a administração municipal de Esperança foram nomeados pela interventoria federal do Estado.
Nas eleições municipais de Esperança, no ano de 1947, foram candidatos os cidadãos Júlio Ribeiro da Silva e Elias Barbosa Monteiro, como candidatos a prefeito e vice-prefeito respectivamente, Severiano Pereira da Costa e Antonio Nicolau da Costa, a prefeito e vice-prefeito, respetivamente. O primeiro, foi candidato pelo partido da UDN (União Democrática Nacional) e, o segundo, pelo PSD (Partido Social Democrático), tendo sido eleito o Sr. Júlio Ribeiro da Silva, com 1.282 (Um mil e duzentos e oitenta e dois) votos e o seu vice-prefeito, com 1.274 votos, representando 50,29% do eleitorado do eleitorado que compareceu às urnas. O segundo candidato obteve 1.267 votos, representando 49,71% do eleitorado votante.
Naquela época, o nosso município tinha 2.522 eleitores. Com a chapa eleita, foram também eleitos os seguintes vereadores: José Firmino dos Santos, pela UDN, com 279 votos. Eustáquio Luiz de Aquino, com 254 votos; Severino Felix da Costa com 216 votos; Fausto de Almeida Souto, com 167 votos; Severino Pedro da Silva, com 164 votos. Eram cinco eleitos que iriam compor a primeira Câmara de Vereadores de Esperança.
Dentre os candidatos a vereador não eleitos, foram as seguintes pessoas: Manoel Luiz Pereira, Francisco Bezerra da Silva, Manoel Rodrigues de Oliveira, Severino Alcântara Torres, João Cândido da Costa, Euclides Bezerra Cavalcanti, Sebastião Ataíde Neto, Sebastião Victor Guimarães e José Valdez do Nascimento.
A gestão do Sr. Júlio Ribeiro da Silva compreendeu o período de 1.947 a 1.951. (Dados do TRE-PB).

João Batista Bastos

Referências:
- REVIVENDO ESPERANÇA, Blog. Editor João Batista Bastos (João de Patrício). Dispnível em: http://revivendoesperancapb.blogspot.com/, acesso em 31 de outubro de 2019.

Comentários

  1. Na Paraíba, conforme Wikipedia, a UDN era o partido hegemônico e manteve-se no poder, entre 1947 e 1965, com os governadores Oswaldo Trigueiro, Flávio Ribeiro Coutinho, Pedro Gondim e João Agripino Filho. Em 1955, Flávio Ribeiro do PSB foi eleito governador com apoio da UDN local. Outros nomes de peso da UDN paraibana foram Argemiro de Figueiredo, Ernani Sátiro e José Cavalcanti. Dois paraibanos, José Américo de Almeida e Ernani Sátyro, ocuparam a presidência nacional da UDN.
    Conforme conta minha mãe, quando iam para os comícios em Campina Grande, a cor que predominava era o Amarelo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

Afrescos da Igreja Matriz

J. Santos (http://joseraimundosantos.blogspot.com.br/) A Igreja Matriz de Esperança passou por diversas reformas. Há muito a aparência da antiga capela se apagou no tempo, restando apenas na memória de alguns poucos, e em fotos antigas do município, o templo de duas torres. Não raro encontramos textos que se referiam a essa construção como sendo “a melhor da freguesia” (Notas: Irineo Joffily, 1892), constituindo “um moderno e vasto templo” (A Parahyba, 1909), e considerada uma “bem construída igreja de N. S. do Bom Conselho” (Diccionario Chorográfico: Coriolano de Medeiros, 1950). Através do amigo Emmanuel Souza, do blog Retalhos Históricos de Campina Grande, ficamos sabendo que o pároco à época encomendara ao artista J. Santos, radicado em Campina, a pintura de alguns afrescos. Sobre essa gravura já havia me falado seu Pedro Sacristão, dizendo que, quando de uma das reformas da igreja, executada por Padre Alexandre Moreira, após remover o forro, e remover os resíduos, desco...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...