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Foto: reeditadas.blogspot.com.br |
No final da década de 40 um fato
pitoresco marcou as relações entre um tio, seu sobrinho e vizinhos. Antônio
Cândido da Costa, cujo grande orgulho era um carneiro de estimação com cerca de
80kg, costumava depenar as galinhas dos amigos para depois almoçá-las
festivamente. Todos davam por conta da falta de suas melhores espécimes, ao
mesmo tempo em que estranhavam tantos convites do Tio Antônio para almoçar
justamente galinha.
Silvestre Batista, um dos primeiros a
desconfiar das artimanhas do tio, convocou outras "vítimas" para ir
às forras. Plano elaborado, foram à caça do carneiro. Embora não tenha sido
fácil, capturaram o estimado e volumoso caprino, promovendo em seguida uma
buchada. Quem foi o convidado de honra? Antônio Cândido.
Apesar de revoltado e instigado pela
esposa Maria Júlia a reagir, o "ladrão de galinhas" perdeu o mau
costume, graças ao desgosto do revide. Maria Júlia, por sua vez, parece nunca
ter perdoado a trupe a quem acusou de "quadrilha de ladrões de bode".
Armados até os dentes com pistola,
peixeira e espingarda, e sem deixar de fazer cara feia, a bem-humorada turma de
aventureiros posou para a posteridade.
Segundo nos consta, o roubo do
carneiro não "deu bode" e mesmo que o "crime" tenha sido
premeditado, a estripulia não levou nenhum a entrar para o cangaço. Com o
tempo, tudo voltou a aparente normalidade, afinal, foram elas por ele.
Na fotografia podemos ver: Antônio
Targino, Silvestre Batista, José Arlindo, “Alemão” e Carneiro Targino (a
intrépida trupe).
O caso foi publicado como
foto-legenda em 1995, na 23ª edição do jornal Novo Tempo, especial dos 70 anos
de Esperança.
Evaldo Pedro da Costa Brasil
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