Dogival Costa
desfilou-se do Partido Libertador – PL e ingressou nas fileiras do Partido
Social Democrático de Chico Souto. Esta aliança resultou na eleição de Arlindo
Carolino Delgado para prefeito de Esperança em 1959.
“A Gestão
de Dr. Arlindo Delgado, como administrador do município” – comenta o historiador João de Patrício em seu blog – “teve cunho de renovação
político-administrativa, quando os destinos de Esperança eram confiados a um
jovem advogado, filho da terra, de família tradicional, com nova visão
administrativa, empregando esforços, no sentido de valorizar o servidor público
municipal”.
Com essa visão
empreendedora, realizou o gestor importante obras em nossa cidade, a exemplo do
Mercado Público.
Em 1961, o prefeito
e o deputado Chico Souto viajaram para o Rio de Janeiro para apelar às
autoridades federais em prol do seu município, reiterando as pretensões
formuladas pela União para o desenvolvimento do Nordeste.
Em contato com
diversos ministérios, foram reivindicadas, entre outras, a instalação de um
frigorífico para armazenamento da Batatinha, que à época era o principal
produto da região, uma agência do Banco do Brasil, a conclusão das obras da BR-104
(Esperança-Campina Grande) e dos serviços de abastecimento d’água, extensão da
rede elétrica na zona rural e a construção de escolas nos distritos de Areial e
Montadas.
Oficialmente, as solicitações
foram encaminhadas aos Ministros da Agricultura e Viação, e ao Presidente do
Banco do Brasil, por intermédio do Deputado Federal Abelardo Jurema,
objetivando soluções para os problemas locais, sem injunções ou artifícios
políticos.
“De fato – frisou o deputado Chico Souto
– o município de Esperança tem sido
vítima das ambições políticas sem que, até agora, nada de concreto ou objetivo
tenha conseguido em favor dos reais interesses do povo. Estamos, agora, fazendo
um esforço no sentido de recuperar o tempo já perdido com essas especulações,
partindo da premissa de que a nova orientação nacional visa a arrancar o Nordeste
do seu drama crônico de miséria”.
Esperança se
destacava no cenário parahybano por sua posição privilegiada. Com mais de 25
mil habitantes, tendo a sede 2.545 prédios e 168 pontos comerciais, além de
dois distritos, participava com uma grande fatia do mercado exportador do
Nordeste.
Com este apelo,
acreditavam os representantes locais ser possível equacionar as necessidades
prementes de nossa terra.
Rau Ferreira
Referência:
- A
UNIÃO, Jornal. Edição de 14 de maio. João Pessoa/PB: 1958.
- DIÁRIO
DE NOTÍCIAS, Jornal. Edição de 05 de novembro. Rio de Janeiro/RJ: 1961.
-
ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985.
- IN
MEMORIAM, Francisco Souto Neto. Governo do Estado da Paraíba: 1996.
-
REVIVENDO ESPERANÇA, Blog. Editor João Batista Bastos. Disponível em: <
revivendoesperancapb.blogspot.com>.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.