Vaidade
Vaidade das vaidades
Tudo é vaidade humana!
De todas as ilusões profanas
Ela - a vaidade - é puro desvalor;
Arde-lhe uma chama insana,
Mais voraz que o próprio amor.
Leve e quebradiça como a cana
Sedutora como a mais tenra flor;
Deita-se quem não lhe conhece a cama,
E bebe quem nunca provou-lhe o sabor.
A vaidade é a mulher-dama
Abrindo-se ao terreno do amor;
O homem, quedando-se, se engana,
E finda, pó e cinza, o seu decor.
Rau Ferreira
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.