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Prof. José Coêlho da Nóbrega |
O amigo
Antônio Ailson Ramalho costuma homenagear em seu perfil da rede Facebook os
esperancenses ilustres, mas hoje eu gostaria de lembrar dois poetas do passado:
Sebastião Florentino e José Coêlho, a quem faremos uma breve homenagem de sua
obra.
Sobre
Sebastião Florentino - "Basto de Tino" - não temos muito a dizer. Em
nossas pesquisas encontramos uma pequena referência no livro “50 Anos de
Futebol e etc.”, de Francisco Cláudio de Lima.
Segundo
o autor, ele fez parte da diretoria do Palestra Futebol Clube, agremiação
surgida entre 1935 e 1937, e que teve grandes jogadores como Piaba, Biu Porto,
Zé Simão e Negrinho Liberato. E também compôs o seu hino, que por sinal era
muito bonito.
Segundo
depoimento do saudoso Martinho Soares dos Santos, o obelisco construído sob o
lagedo do Tanque do Araçá, na Beleza dos Campos e popularmente conhecido como
“Capelinha”, possui hino próprio sendo uma composição do músico Sebastião
Florentino, “Basto de Tino”, em homenagem à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Assim é
que o grande músico e violinista Basto de Tino nos deixou essa pequena quadra:
HINO DO
PALESTRA FUTEBOL CLUBE
Palestra,
palestra, Clube invejado,
Clube
da pontinha desse esporte amado
A
cantar, sempre a cantar
Esse
hino, hino de glória
Para
exaltar nossa vitória...
(Sebastião
Florentino)
Já o
professor José Coêlho da Nóbrega é citado como grande orador na obra “Esperança
em verso e prosa”, de Inácio Gonçalves de Lima.
Oriundo
de uma família tradicional, editor do jornal “Gillette” que circulava nas
festas da padroeira de nossa cidade, e parente da inesquecível professora
Celina Coêlho e do Ex-prefeito Antonio Coêlho, possuía uma mente brilhante,
contava histórias de aventuras e declamava poesias. Foi um dos intelectuais
mais influentes de nossa cidade, destacando-se ainda por ser um ótimo animador
de quadrilhas.
São de
sua autoria os hinos do América Futebol Clube e da vizinha cidade de Areal,
ambos em parceria com sua filha Vitória Régia Coêlho.
Eis
algumas de seus poemas:
MÃE
EXORTAÇÃO
Mãe, túmulo de
sofrimento Quem te conheceu, ó minha terra
E berço de toda
alegria
Quando era inda pequenina
Laboratório de
bálsamo
Vê transformada a tua sina
Que a medicina não
cria. De clima de paz para o de guerra
E
nesta dura verdade se encerra
(Prof. José
Coêlho) Não há compreensão e nem amor
Cada
um que cante o seu valor
Embora cegue o que dentro de si medra
Cego!
Atira a primeira pedra
Se não te julgas pecador
(Prof. José Coêlho)
Rau Ferreira
Referência:
- 50 Anos de
Futebol e etc., de Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa, 1994 - p. 17/18.
- Esperança em
verso e prosa, de Inácio Gonçalves de Souza, produção independente, 2000 - p.
17 e 50;
- “Obelisco Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro”, monografia escrita por Martinho Soares dos Santos
Júnior, Especialização em História do Brasil, orientadora Professora Maria José
Oliveira, UEPB – 2004;
- Revista
Centenário da Paróquia, Editor Jacinto Barbosa, 30 de maio de 2008.
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