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A Escola Cantório

O ano de 1942 marcou a fundação do coral de Esperança. A iniciativa partiu de Hilda Batista, que criou a Escola Cantório, formada por jovens da sociedade esperancense (homens e mulheres). O coral, que existiu durante 12 anos, participou ativamente das festas da Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho, tanto nas missas quanto na festa da padroeira. A cada noite, a festa homenageava duas categorias que disputavam entre si, para conseguir recursos, dinheiro. Em 1942, foram as baianas e camponesas. O povo participava ativamente, vibrava.
Hilda aprendeu música quando estudava no Colégio das Damas de Campina Grande. A partir desses conhecimentos, decidiu aplicar na criação do coral de Esperança. Participavam do coral, alguns nomes: Berto Anísio, Assis Anísio, Tido, Edvaldo, Maria de Epitácio, Vitória Régia, Martinha e Nenê Martins.
O coral era especializado em canto orfeônico e litúrgico. Na igreja, era acompanhado pela serafina, instrumento tocado primeiro por Júlia Santiago e, depois, Maria Duarte. Nessa época, Hilda relembra que a igreja ainda mantinha seu estilo tradicional, com seus velhos altares. Coube ao então Monsenhor Palmeira a destruição dos altares. “Ele era muito moderno”, assegura Hilda Batista.
No detalhe da foto, D. Hilda Batista, Pe. Palmeira, D. Júlia Santiago e integrantes da Escola Cantório.

Rau Ferreira

Referência:

- Revista Centenário da Paróquia de Esperança, Ed. Jacinto Barbosa, 30 de maio de 2008.

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