Pular para o conteúdo principal

História do Carnaval de Esperança




Por Jailson Andrade

      
   Nas ruas da cidade, na parte da manhã tinha os “mela-mela”, umas melavam as outras com pó, e com baldes de água, na Rua Manoel Rodrigues tinha o “corredor da folia”, carros ornamentados cheio de pessoas desfilavam pela rua, tinha as escolas de samba, charangas, “bloco dos índios”, e “bumba-meu-boi”, nas tardes de domingo tinha um baile carnavalesco infantil no clube “CAOBE”, animado pela banda de frevo “Marajoara”, de Recife – PE, e na parte da noite as famílias esperancenses pulavam o carnaval com o “Bloco da Saudade”, com marchinhas de frevo animadas, pela maior banda musical da época “Neradetson”, e só terminavam na quarta-feira de cinzas, todas as pessoas iam com suas fantasias.
   Nos anos 80, ouve um grande fenômeno de charangas, tipo pagodes com batucadas animando o “corredor da folia”, a mais famosa foi “Os Borós”, animado por Manuel Freire da Rocha, Lobão, Naldinho, Beto de Zé Leite, Doro, e muitos outros…, tínhamos também o “Sambalogia”, “Sambatec”, “Tacatoxas”, “Samba 8”, “Samba Hits”, animado por Joseilson Andrade, Jailson, Rau, Lulu, Gildo, Givanildo, Totinha, Bene, Carlos Pessoa, Bebeu, Inacinho, e muitos outros…, animavam no clube “CAOBE”, nos intervalos.
   As fantasias do “Samba Hits”, eram muito bonitas, toda de Seda brilhante eles alugavam uma sede, onde tinha bastante comida bebida e muita diversão o carnaval todo, e apesar disso eram convidados a se apresentar nas casas de Esperança – PB, e em outras cidades…
   Não esquecendo de lembrar da Escola de Samba “Última Hora”, animando o carnaval de Esperança, a Escola de Samba “Última Hora”, nasceu na véspera do carnaval de 1967, onde alguns amantes do samba saíram a rua com roupas de saco esta idéia se deu por jovens jogadores de futebol; constituído pelo ex-goleiro do América Futebol Clube Maré,Manuel Freire da Rocha, Chiclete, Jaime Pedão, Djalma de máfia e Marconi com a ajuda do sanfoneiro Manuel Tambor conseguiram os instrumentos já na rua resolveram colocar o nome “Última hora” no segundo ano foram ensaiar na casa de Pedro Lourenço que se tornou presidente administrativo depois Pedro passou para Luziete Arruda em 1973 com mais de 30 componentes ganhou um premio no desfile em Campina Grande em 1º lugar.

Jailson Andrade
Fonte:
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985.
- ESPERANÇA DE OURO, blog. Disponível em: http://esperancadeouro.com/novo/?p=93.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

O Mastodonte de Esperança

  Leon Clerot – em sua obra “30 Anos na Paraíba” – nos dá notícia de um mastodonte encontrado na Lagoa de Pedra, zona rural de Esperança (PB). Narra o historiador paraibano que em todo o Nordeste existem depressões nos grandes lajeados que afloram nos terrenos, conhecidas pelo nome de “tanques”, muitas vezes obstruídos pelo material aluvionar. Estes são utilizados para o abastecimento d’água na região aplacada pelas secas, servindo de reservatório para a população local. Não raras as vezes, quando se executa a limpeza, nos explica Clerot, aparecem “ restos fossilizados dos vertebrados gigantes da fauna do pleistoceno que povoou, abundante, a região do Nordeste e, aliás, todo o Brasil ”. Esqueletos de espécimes extintas foram encontradas em vários municípios, soterrados nessas condições, dentre os quais se destaca o de Esperança. A desobstrução dos tanques, necessária para a sobrevivência do rurícola, por vezes provocava a destruição do fóssil, como anota o professor Clerot: “ esf

Barragem de Vaca Brava

Açude Vaca Brava, Canalização do Guari (Voz da Borborema: 1939) Tratamos deste assunto no tópico sobre a Cagepa, mais especificamente, sobre o problema d’água em Esperança, seus mananciais, os tanques do Governo e do Araçá, e sua importância. Pois bem, quanto ao abastecimento em nosso Município, é preciso igualmente mencionar a barragem de “Vaca Brava”, em Areia, de cujo líquido precioso somos tão dependentes. O regime de seca, em certos períodos do ano, justifica a construção de açudagem, para garantir o volume necessário de água potável. Nesse aspecto, a região do Brejo é favorecida não apenas pela hidrografia, mas também pela topografia que, no município de Areia, apresenta relevos que propiciam a acumulação das chuvas. O riacho “Vaca Brava”, embora torrencial, quase desaparece no verão. Para resolver o problema, o Governador Argemiro de Figueiredo (1935/1940) adquiriu, nos anos 30, dois terrenos de cinco engenhos, e mais alguns de pequenas propriedades, na bacia do açude,

Versos da feira

Há algum tempo escrevi sobre os “Gritos da feira”, que podem ser acessadas no link a seguir ( https://historiaesperancense.blogspot.com/2017/10/gritos-da-feira.html ) e que diz respeito aqueles sons que frequentemente escutamos aos sábados. Hoje me deparei com os versos produzidos pelos feirantes, que igualmente me chamou a atenção por sua beleza e criatividade. Ávidos por venderem seus produtos, os comerciantes fazem de um tudo para chamar a tenção dos fregueses. Assim, coletei alguns destes versos que fazem o cancioneiro popular, neste sábado pós-carnaval (09/03) e início de Quaresma: Chega, chega... Bolacha “Suíça” é uma delícia! Ela é boa demais, Não engorda e satisfaz. ....................................................... Olha a verdura, freguesa. É só um real... Boa, enxuta e novinha; Na feira não tem igual. ....................................................... Boldo, cravo, sena... Matruz e alfazema!! ........................................