Pular para o conteúdo principal

Feira livre de Esperança

Este excelente texto foi publicado no blog Andrade Notícias em 27/05/2011. Todos os créditos pertencem ao editor do AN, repórter Jean Andrade.
* Matéria republicada para inclusão de texto e fotos.
"Realizada aos sábados atualmente ocupa as principais ruas do centro da cidade, sendo uma das principais feiras livre da região do Brejo Paraibano.

Na verdade, a feira de Esperança não é apenas uma feira livre. Já se tornou uma tradição cultural, aonde as pessoas não vão às ruas apenas para “fazer a feira”, mas vão encontrar amigos, fazer negócios, alimentações, assistir shows populares. É um lugar cheio de sons, movimentado e colorido.
Nas imediações do Mercado Público, por exemplo, o colorido das frutas e legumes nas barracas é iluminado pela luz do sol filtrada através das lonas dos bancos, proporcionando um visual muito bonito.
Os feirantes gritam oferecendo seus produtos e garantindo o melhor preço. As pessoas circulam muito, examinam, pechincham ou simplesmente estão a procura do que desejam.
Também ao lado da feira de frutas e legumes, existe a feira do “troca troca”, ocupando uma parte da rua, com uma variedade enorme de produtos.
Também existem os ambulantes com tabuleiros montados em caixotes ou simplesmente no chão, que aproveitam o vuco vuco para comercializar seus produtos. Crianças se oferecem para ajudar as pessoas a carregar as mercadorias em suas casas usando carros-de-mão.
E nas ruas centrais e dentro do mercado publico, as barracas de roupas atraem muita gente. As pessoas de baixo poder aquisitivo vêem-se diante de um verdadeiro “shopping da moda popular”. As últimas criações da famosa sulanca, vindas de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, são expostas às escolhas de todos.
O grande responsável pela multidão toda é o preço das mercadorias. Geralmente elas custam à metade do valor cobrado nas lojas. Isso acontece porque as peças são fabricadas nas pequenas empresas familiares. “As mercadorias são muito baratas, o preço é bem acessível”, confirma o Blog Andrade Noticias.
Tem blusinha de R$ 5. Três calcinhas custam R$ 10. O vestido de festa sai por R$ 30. Calça jeans masculina custa R$ 25,00.  “Com esse preço até a sogra ganha presente”, diz o comerciante Salatiel (sala lanches).
Para quem observa de fora, a feira livre de Esperança parece um teatro cheio de personagens, cada um com sua história. Resumindo: é uma “confusão” organizada, onde tudo parece funcionar na hora e lugar certo.
A feira livre de Esperança na verdade é um lugar com cheiro e sons do presente, que nos remetem ao passado e até mesmo à nossa infância. Um lugar com suas cores e suas luzes a serem, a cada dia que passa descobertas, exploradas, filmadas e fotografadas".
Veja no link a seguir diversas fotos da feira de Esperança e o texto original publicado por Jean.

Rau Ferreira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Algumas histórias de Esperança, por Odaildo Taveira

“Existia em Esperança – uma coisa muito interessante, pra juventude tomar conhecimento – aqui em frente, onde havia uma loja, morava seu Joaquim Soldado; ele tem um filho que é seu Zé Soldado, ele tá com 95 anos. E seu Joaquim tinha um jumento, e ele ia sempre aqui para o Cabeço, no nosso município, vizinho a Pocinhos, e seu Joaquim vendia pão, vendia aliado, que eram uns biscoitos grandes assim, que as padarias não vendem mais, e seu Joaquim vendia um bocado de coias. Ele chegava nos trabalhadores do sítio e aí encostava a jumenta e os cabras só comendo, os trabalhadores, comendo, comendo e daí a pouco um pedaço, na hora de pagar, aí seu Joaquim, calado perguntou: - Tu comeu, quanto? E o cabra respondeu: - Eu comi dois. - E você? Dizendo com outro. - Eu só comi um, respondeu. Aí seu Joaquim escutava tudinho e puxava um crucifico assim de uns 40 cm e dizia: tu jura? Tu jura? Eu sei que eles tinham que dizer a verdade. São algumas figuras folclóricas da cidade de Esperan...

Magna Celi, escritora e poetisa

Esperança pode não ser uma cidade de leitores, mas certamente é um município de grandes escritores. Na velha guarda, encontra-se o poeta Silvino Olavo, e mais recente, a escritora e poetisa Magna Celi. Filha do casal Maria Duarte e José Meira Barbosa; irmã do Dr. João Bosco, Benigna, Graça Meira e Paula Francinete. Casada com o eminente Professor Francelino Soares de Souza, que assina uma coluna nesse jornal aos domingos; ela tem se destacado com inúmeras publicações. Graduada em letras pela UPFB, Mestra em Literatura Brasileira e com especialização em língua vernácula inglesa. Estreou nas letras em 1982, com “Caminhos e Descaminhos”. Desde então têm inscrito o seu nome entre os grandes nomes da poesia paraibana. É ela mesma quem nos fala sobre as suas origens: “Nasci na cidade de Esperança, brejo paraibano, de clima frio, chamada, no princípio de sua fundação, de Banabuié. Aconteceu na rua da Areia, nº 70. Fui batizada pelo Padre João Honório, na Igreja Nossa Senhora do Bom ...

Severino Costa e sua harpa "pianeira"

Severino Cândido Costa era “carapina”, e exercia esse ofício na pequena cidade de Esperança, porém sua grande paixão era a música. Conta-se que nas horas de folga dedilhava a sua viola com o pensamento distante, pensando em inventar um instrumento que, nem ele mesmo, sabia que existia. Certo dia, deparou-se com a gravura de uma harpa e, a partir de então, tudo passou a fazer sentido, pois era este instrumento que imaginara. Porém, o moço tinha um espírito inventivo e decidiu reinventá-la. Passou a procurar no comércio local as peças para a sua construção, porém não as encontrando fez uso do que encontrava. Com os “cobrinhos do minguado salário” foi adquirindo peças velhas de carro, de bicicleta e tudo o mais que poderia ser aproveitado. Juntou tudo e criou a sua “harpa pianeira”, como fora batizada. A coisa ficou meia esquisita, mas era funcional, como registrou a Revista do Globo: “Era um instrumento híbrido, meio veículo, meio arco de índio: uma chapa de ferro em forma de arc...

Esperança: fatos da política em 1933

1933 : 04 de janeiro, o juiz preparador das eleições envia ao TRE telegrama informando o recebimento da circular sobre a consulta se deveria aceitar títulos eleitorais do antigo alistamento como prova de idade.   1933 : 31 de maio, O desembargador Souto Maior, com a palavra, declara que lhe fora distribuído um recurso referente à secção de Esperança e, como a lista dos eleitores está omissa, pede para que seja requisitado o livro de inscrição dos eleitores daquele termo, a fim de relatar o processo. O Tribunal resolve, por unanimidade, requisitar, ao respectivo cartório, o aludido livro. 1933 : 03 de junho, o sr. Presidente comunica aos seus pares que o livro de inscrição dos eleitores do município de Esperança, requisitado, por solicitação do desembargador Souto Maior, ainda não foi remetido, pelo respectivo cartório. 1933 : 07 de junho, o sr. Presidente comunica aos seus pares haver a Secretaria recebido o livro de inscrição de eleitores do município de Esperança, há dias r...

A Energia no Município de Esperança

A energia elétrica gerada pela CHESF chegou na Paraíba em 1956, sendo beneficiadas, inicialmente, João Pessoa, Campina Grande e Itabaiana. As linhas e subestações de 69 KV eram construídas e operadas pela companhia. No município de Esperança, este benefício chegou em 1959. Nessa mesma época, também foram contempladas Alagoa Nova, Alagoinha, Areia, Guarabira, Mamanguape e Remígio. Não podemos nos esquecer que, antes da chegada das linhas elétrica existia motores que produziam energia, estes porém eram de propriedade particular. Uma dessas estações funcionava em um galpão-garagem por trás do Banco do Brasil. O sistema consistia em um motor a óleo que fornecia luz para as principais ruas. As empresas de “força e luz” recebiam contrapartida do município para funcionar até às 22 horas e só veio atender o horário integral a partir de setembro de 1949. Um novo motor elétrico com potência de 200 HP foi instalado em 1952, por iniciativa do prefeito Francisco Bezerra, destinado a melhorar o ...