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Esperança: Registro Histórico


O Município de Esperança já no seu nascedouro era conhecido por residirem aqui pessoas da alta sociedade, com grande poder aquisitivo. Citemos Mathias Fernandes, Manuel Rodrigues, Joaquim Virgolino, Zuza Valdez e Chico Avelino.
Em que pese a ausência de engenhos e grandes proprietários, a exemplo de Areia e Alagoa Nova, estes sobressaiam através do comércio local bastante forte para a sua época, além da exportação de produtos como batatinha, algodão e sisal.
Um dos homens mais ricos da região que o passado registra foi João Martins Torres Brasil, sogro de Irineu Jóffily e pai do Capitão Bento Olímpio Torres. O seu tronco procedia dos Torres de Portugal; sendo neto de um João Martins que atuou na Revolução de 1817 e faleceu na prisão em Recife.
Este, em fins do Século XVIII, era um dos maiores criadores da região. Assim dizia o noticiário da época:
 “Chamamos a attenção para o assumpto dos grandes criadores como: (...) Tenente Coronel Honorato Agra e sua família, Capitão João Martins Torres Brazil e Capitão Benjamim Gomes d’Albuquerque Maranhão, na de Campina” (Gazeta do Sertão: 1889).

O gado, chamado de a mercadoria que anda”, era valorizado por diversos aspectos. Em nosso município, até início de 1909, havia uma única fazenda de criação de bovinos pertencente ao Cônego José Antunes Brandão. E no início de nossa colonização (1860) existia a chamada fazenda Banabuyé Cariá, que era um entreposto do gado que vinha do Sertão para o Litoral paraibano.

Rau Ferreira

Fonte:
- PARAHYBA, A. Volume 2. Imp. Official. Parahyba do Norte: 1909;
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Esperança/PB. Ed. Unigraf: 1985;
- SERTÃO, Gazeta do. Parahyba do Norte. Campina Grande, 11 de janeiro. Parahyba do Norte: 1889;
- SALES, José Borges de. Alagoa Nova: Notícias para sua história. Fortaleza, Gráfica Editora R. Esteves Tipogresso Ltda: 1990.

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