O mote "Nas tranças de uma menina" surgiu de um desafio entre dois poetas; na oportunidade, Rau Ferreira foi desafiado a provar o seu valor valendo-se pois deste improviso.
Nas tranças de uma menina
[minha vida, minha sorte]
Fui pras bandas do norte
fui procurar serpentina
uma luz que alumina
e clareia a nossa sorte
então criei a rima
pro repente fiz um mote.
É nas tranças dessa menina
que desatina a minha sorte.
Fui cantador de viola
da viola eu fiz batina
a poetisa Coralina
tem uma rima forte
nos encanta e nos fascina.
É nas tranças dessa menina
que desatina a nossa sorte.
A cantoria não tem escola
Ela é mesmo coisa divina
Não dá em gente granfina
Por mais que se importe
E queira fazer-lhe rima.
E foi nas tranças dessa menina
Que encontrei minha sorte.
Da cantoria fiz profissão
Cantando em toda esquina
Criando versos de recorte
De Esperança inté Campina
Com minha turma de xote.
Então vem a paixão
ela é mesmo uma sina
faz de escravo o coração
aproxima a própria morte
Feito ave de rapina.
Foi nas tranças dessa menina
que encontrei a minha sorte.
Larguei do violão
Pra viver com minha prima
Comprei uma terra de lote
Ela foi fazer faxina
Essa foi a minha sorte!
E quando descer o caixão
da vida o último golpe
aquele que ninguém ensina
ouvirei sem verso ou rima:
Foi nas tranças dessa menina
que viveu a sua sorte!
Rau Ferreira
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