O POETA
O poeta é antes de tudo um louco
em seus excessos e na sua estética;
rima-se um pouco
e vai na sua dialética
buscando razões em versos soltos.
Faz todo ele um moco
Não escuta as vociferantes e frenéticas
necessidades e aos poucos
se dilui nas suas céticas
para acabar um rouco.
E não finda este poço
de luz, vida e ética
que o poeta – velho ou moço -
carrega em sua métrica
até findar pele e osso.
Esperança, 14 de maio de 2010.
Rau Ferreira
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