Pular para o conteúdo principal

Silvino Olavo, o Poeta dos Cysnes.

Silvino Olavo, foto de formatura
Nada mais justo do que homenagear o inspirador deste blog, o Dr. Silvino Olavo Cândido Martins da Costa, com a sua biografia.
O poeta Silvino Olavo nasceu em 27 de Julho de 1897, na Fazenda Lagoa do Açude; filho do Coronel Manoel Joaquim Cândido e de Josefa Martins Costa.
No ano de 1915 sua família se muda para Esperança, e tem suas primeiras lições com Joviniano e Maria Augusta Sobreira.
Em João Pessoa dá continuidade a seus estudos no Colégio Pio X, sendo agraciado com a medalha de Honra ao Mérito por sua dedicada vida estudantil em 1916.
Em 1921, parte para o Rio de Janeiro e inicia o curso de Direito. Na ocasião, trabalhou nos Correios e Telégrafos e atuou como revisor de jornal.
Diplomado em 1924, orador oficial da turma, publica “Cysnes” e “Estética do Direito”.
Retornando à Paraíba em 1925, inicia um levante, juntamente com outros esprancenses ilustres, em prol da emancipação municipal, onde proclama o seu famoso discurso: “Esperança – Lírio Verde da Borborema”.
Em 1926 colabora com diversas publicações, entre elas o jornal “A União”, órgão oficial do Governo do Estado da Paraíba. Em seu artigo inaugural, publicado no suplemento “Arte e Literatura”, comenta o livro do escritor pernambucano Oswaldo Santiago, “Gritos do silêncio”.
Em 1927 edita o segundo livro poético “Sombra Iluminada”, e passa a trabalhar como Fiscal de Consumo na Cidade de Vitória-ES.
No dia 22 de outubro de 1928, de volta ao seu Estado natal, é nomeado Chefe de Gabinete do Governo João Pessoa.
Em 1929, contrae núpcias com a Sra. Carmélia Veloso Borges, nascendo, desta união, a sua única filha Marisa Veloso Costa, que faleceu aos 12 anos de idade no ano de 1950.
Com a morte de João Pessoa em 1930, passou a apresentar um quadro esquizofrênico. Foi internado diversas vezes na Colônia Juliano Moreira, até que o seu cunhado Valdemar Cavalcanti, o recebeu para tratamento domiciliar em Esperança.
Durante seus intervalos lúcidos, produziu diversos poemas e eternizou a sua musa “Badiva”.
Faleceu em 26 de Outubro de 1969, vítima de complicações renais, no Hospital Dr. João Ribeiro, em Campina Grande.
Silvino Olavo é o patrono da Cadeira 35 da Academia de Letras de Campina Grande, com assento na de número 14 da Academia Paraibana de Poesia.
Este grande poeta e incentivador cultural de nossa terra, deixou-nos como legado as seguintes obras: Cisnes (1924); Estética do Direito (1924); Esperança - Lírio Verde da Borborema – Discurso (1925); Sombra Iluminada (1927); Cordialidade - Estudo Literário - 1ª Série - N. York, 1927; Badiva, obra póstuma (1997).
Além disso, chefiou a redação de “O Jornal” e escreveu para a revistas “Nova Era”, e o periódico “A Província”, do Rio de Janeiro.

Rau Ferreira

Fonte:
- Pequena Biografia do Poeta Silvino Olavo, por Roberto Cardoso - Jornalista. Cisnes/ Sombra Iluminada – 2a Edição, 1985 – p. 3/5;
- A vida dramática de Silvino Olavo, autoria de João de Deus Maurício, João Pessoa/PB, Unigraf, 1992;
- Badiva: poesias inéditas de Silvino Olavo, Marinaldo Francisco de Oliveira (Org.), Espeança/PB, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 1997 - p. 26/28.
- Jornal “A União”, suplemento “Arte e Literatura”, Estado da Paraíba, edição de 21/02/1926, artigo de capa;

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

Afrescos da Igreja Matriz

J. Santos (http://joseraimundosantos.blogspot.com.br/) A Igreja Matriz de Esperança passou por diversas reformas. Há muito a aparência da antiga capela se apagou no tempo, restando apenas na memória de alguns poucos, e em fotos antigas do município, o templo de duas torres. Não raro encontramos textos que se referiam a essa construção como sendo “a melhor da freguesia” (Notas: Irineo Joffily, 1892), constituindo “um moderno e vasto templo” (A Parahyba, 1909), e considerada uma “bem construída igreja de N. S. do Bom Conselho” (Diccionario Chorográfico: Coriolano de Medeiros, 1950). Através do amigo Emmanuel Souza, do blog Retalhos Históricos de Campina Grande, ficamos sabendo que o pároco à época encomendara ao artista J. Santos, radicado em Campina, a pintura de alguns afrescos. Sobre essa gravura já havia me falado seu Pedro Sacristão, dizendo que, quando de uma das reformas da igreja, executada por Padre Alexandre Moreira, após remover o forro, e remover os resíduos, desco

Versos da feira

Há algum tempo escrevi sobre os “Gritos da feira”, que podem ser acessadas no link a seguir ( https://historiaesperancense.blogspot.com/2017/10/gritos-da-feira.html ) e que diz respeito aqueles sons que frequentemente escutamos aos sábados. Hoje me deparei com os versos produzidos pelos feirantes, que igualmente me chamou a atenção por sua beleza e criatividade. Ávidos por venderem seus produtos, os comerciantes fazem de um tudo para chamar a tenção dos fregueses. Assim, coletei alguns destes versos que fazem o cancioneiro popular, neste sábado pós-carnaval (09/03) e início de Quaresma: Chega, chega... Bolacha “Suíça” é uma delícia! Ela é boa demais, Não engorda e satisfaz. ....................................................... Olha a verdura, freguesa. É só um real... Boa, enxuta e novinha; Na feira não tem igual. ....................................................... Boldo, cravo, sena... Matruz e alfazema!! ........................................

Esperança: Sítios e Fazendas

Pequena relação dos Sítios e Fazendas do nosso Município. Caso o leitor tenha alguma correção a fazer, por favor utilize a nossa caixa de comentários . Sítios, fazendas e propriedades rurais do município Alto dos Pintos Arara Arara Baixa Verde Barra do Camará Benefício Boa Vista Boa Vista Cabeça Cacimba de Baixo Cacimba de baixo Caeira Cajueiro Caldeirão Caldeiro Caldeiro Campo Formoso Campo Santo Capeba Capeba Carrasco Cinzas Coeiro Covão Cruz Queimada Furnas Granja Korivitu Gravatazinho Jacinto José Lopes Junco Lages Lagoa Comprida Lagoa da Marcela Lagoa de Cinza Lagoa de Pedra Lagoa do Sapo Lagoa dos Cavalos Lagoa Verde Lagoa Verde Lagoinha das Pedras Logradouro Malhada da Serra Manguape Maniçoba Massabielle Meia Pataca Monte Santo Mulatinha Pau Ferro Pedra Pintada Pedrinha D'água Pintado Punaré Quebra Pé Quixaba Riachão Riacho Am