Esperança viveu o auge nas décadas de 20/30. A cidade crescia e há pouco se emancipara (1925). Haviam pequenas indústrias de beneficiamento de algodão, e vários curtumes nas ruas de baixo. Os sapateiros constituíam a classe operária mais organizada, e o comércio de estiva se expandia, escoando a nossa produção agrícola.
Chico de Pitiu lembra com saudosismo em seu livro [1] os eventos sociais que mais se destacaram no passado:
As festas da padroeira e o pastoril profano.
Os carnavais animados pelos blocos “Bom porque pode” (de Novo) e “Lira de Ouro”, e as troças de Chico Pedão.
Os cocos de roda puxados pelos filhos de Pixaco (Preto, Honório e Adauto).
As festas juninas animadas pelas quadrilhas comandadas por Benício, e depois por Ascendino Portela e José Coêlho. E os quitutes de Dona Naninha de Yoyo de Ginú.
As corridas de cavalos organizadas por Alfredo Régis no antigo prado da lagoa, rua que hoje leva o seu nome.
E finalmente o futebol, alegria do povo, cujas “peladas” eram realizadas inicialmente na Lagoa da porta, atual Avenida José Ramalho da Costa.
No detalhe da foto vemos um casamento matuto, realizado no CAOBE.
[1] 50 Anos de Futebol e etc.
Rau Ferreira
Fonte:
- Livro “50 Anos de Futebol e Etc.”, de Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa, 1994 – p. 18/19 e 41.
Tenho lido e gosto muito do seu trabalho. Mas, como vi em João Pessoa uma trupe de atores travestidos fazendo o que chamavam de Pastoril Profano, não pude deixar de perceber nesse registro a mesma expressão. Não creio que a cidade sob a tutela da Igreja Católica permitisse um "profano", creio que era o Pastoril, e ponto. Nos moldes de Hilda, Vitória e Fátima Costa. Todas sob os auspícios da igreja mãe.
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