Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2019

Júlio Ribeiro: primeiro prefeito eleito de Esperança (por João de Patrício)

Como sabemos, o município de Esperança foi emancipado no ano de 1925. Porém, as primeira campanha eleitoral, para a eleição do primeiro prefeito eleito diretamente pelo povo foi no ano de 1947, vinte e dois anos após a emancipação e, dez anos depois da inauguração do edifício, sede da administração municipal, como se vê na foto acima. Não se tem notícia de fatos concretos da campanha eleitoral, como sejam: Cores de bandeiras, propaganda eleitoral, enfim, regulamento legal de candidaturas e tempo de duração da campanha eleitoral. Pesquisando junto ao TRE-PB sobre histórico de eleições municipais na Paraíba, não há registro de eleições anteriores no nosso município. Daí, conclui-se que, todos os prefeito que assumiram a administração municipal de Esperança foram nomeados pela interventoria federal do Estado. Nas eleições municipais de Esperança, no ano de 1947, foram candidatos os cidadãos Júlio Ribeiro da Silva e Elias Barbosa Monteiro, como candidatos a prefeito e vice-prefei...

Campo Alegre

Foi num baile no Caracó Que encontrei o Campo Alegre Cantadô bom, dos mió... Que nessa terra se assucede Cantô em toda a região De Sumé à São Mamede. Foi num baile no caracó Que encontrei o Campo Alegre Cantava c’o fita na viola Gravata vermeia, lenço e paletó A sua musa pachola; Certo de que ninguém lhe contende. Cantô com Benedito Que a fama lhe persegue Não sendo ele dos pió Cantô em Cabrobó C’os repentista que se mede: Inácio – a cantigueira que não fede. Foi num baile no Caracol Município d’Alagoa Nova Fonte que ninguém prova Mas que da prosa é boa sede Que encontrei o Campo Alegre. Banabuyé, 26 de outubro de 2019. Rau Ferreira Campo Alegre – cantador do século passado citado na carta de Ferino de Gois Jurema a Romano, natural de Esperança/PB (Dicionário Bio-Bibliográfico de Repentistas e Poetas de Bancada. Editora Universitária: 1978).

Limites do horizonte no tempo

“ Limites no Horizonte do tempo ” (Ideia: 2019). Este é o título do livro organizado pelos Professores Luíra Freire Monteiro e Flávio Carneiro de Santana que será lançado no próximo dia 30/10 às 19h30 no Museu dos Três Pandeiros em Campina Grande. A obra é uma coletânea de história local que tem sido capitaneada pela Professora Luíra, que atualmente coordena os trabalhos do Nupehl – Núcleo de Pesquisa e Extensão em História Local. O pesquisador Ismaell Bento além de integrar a equipe do Nuphel também participa deste compêndio com o título “A formação do Município de Esperança nas páginas do Jornal A União (1925-1926)”. O Núcleo da UEPB há um tempo digitalizou o acervo d’A União pertencem à Biblioteca e Centro Cultural “Dr. Silvino Olavo”, do Município de Esperança (PB), cujo material serviu de fonte para que o genealogista Ismael escrevesse o seu artigo. O Município de Esperança foi contemplado ainda com o título: “A influência do cólera na construção identitária de Esperanç...

O Benedito de Esperança

João Viana dos Santos (João Benedito), cantador afamado, natural de Esperança (PB), glosava abertamente as diferenças de seu tempo. Foi um dos precursores do gênero, temido pelos seus adversários. Era seu companheiro, nessa estrada do repente, Antonio Lamparina do Brejo de Areia (1910). Em seus desafios, cantou com diversos poetas, entre eles José Alves Sobrinho (1921/2011), que a seu respeito disse ter recebido grandes lições, a exemplo desta resposta a um verso do rascunhador de “Cantadores, Repentistas e Poetas Populares” (2003): O senhor pensa que veio Aqui gozar as regalias Mas se engana, você veio Só passar uns dias Chegou aqui e nada trouxe E volta com as mãos vazias. João cantando com o bem apresentável Manoel Regino Serrador (1906/1996), o contraste com as suas vestes, que lhe denunciava a origem negra e humilde, versejou: Você anda bem vestido De gravata, meia e liga, Não pense que eu tenho inveja, E é até bom que eu lhe diga, O hábito não faz o ...

IHGAN - Fundação

Ontem (25/10) foi erigida mais uma casa de memória que tem objetivo prevacionista-histórico. O silogeu foi estabelecido na vizinha cidade de Alagoa Nova (PB) e engrossa a fileira dos institutos municipais, a exemplo do IHGE (Esperança) e IHGSB (Serra Branca). Alagoa Nova e Esperança tem pontos em comum em sua origem e história, assim como na formação do território da qual esta vila pertenceu no passado. Muitos são os vultos que delinearam o caráter desta terra e que dignificam a história paraibana. Apenas para citar Severino Carvalho de Toledo, Manuel Tavares Cavalcante, Analice Caldas Barros, Gonzaga Rodrigues e Wilis Leal. A região antes habitada pelos Índios Bultrins era conhecida por “Aldeia Velha”, de onde nasceu, nas terras do Olho D´água da Prata, pertencente ao alferes José Abreu Tranca, a “Civilização da Farinha” referenciada por Epaminondas Câmara. Elevada à condição de distrito (Lei Provincial nº 06/18370), permaneceu por um longo período subordinado ao município d...

O Telégrafo em Esperança

O telégrafo era um antigo sistema de comunicação que utilizava-se de um transmissor que enviava impulsos elétricos que era decodificado pelo “Código Morse”. A maquineta propiciava a troca de mensagens de forma rápida, aproximando os interlocutores. O cabo submarino do telégrafo alcançou a cidade da Parahyba (atual João Pessoa) em 1876. A partir de então começaram as linhas de distribuição que cortavam o Estado. O serviço era precário e dispendioso. A primeira seção de Mulungu à Campina Grande custou aos cofres públicos 615$600 réis (Annaes: 1897, p. 71). Campina viu inaugurada a sua estação telegráfica em 13 de janeiro de 1896, de maneira que, as principais vilas a serem comtempladas no Brejo, além da cidade Rainha da Borborema, foram Alagoa Nova, Alagoa Grande, Areia e Bananeiras (1900). O seu prolongamento só veio, porém, no governo de Simeão Leal (1906) nos trechos que interligavam Campina à Cabaceiras, Pombal à Princesa Isabel passando pelas vilas de Piancó e de Misericórdi...

Epaminondas Câmara, por Ismaell Bento

Epaminondas Câmara O historiador paraibano Epaminondas Câmara é o patrono da cadeira de nº4 do Instituto Histórico e Geográfico de Esperança – IHGE, a qual eu ocupo como sócio fundador do instituto. Esperancense, Epaminondas nasceu no dia 04 de junho de 1900, filho do casal Horácio de Arruda Câmara, natural de Jardim do Seridó, e dona Idalgina Gomes Sobreira, campinense. Epaminondas é descendente de famílias tradicionais da Paraíba e do Nordeste brasileiro, compartilha o sangue dos Oliveira Ledo pelo lado materno, e do açoriano Francisco de Arruda Câmara, patriarca dos Arruda Câmara da Paraíba, família que tem grande descendência em Esperança, como é o caso do ex-vereador Luziete de Arruda Câmara. Seus pais casaram no povoado de Esperança-PB no dia 26 de julho de 1894, ele filho de Dinamérico de Arruda Câmara e Felismina Veneranda Rodrigues, e ela de Manoel Gomes de Araújo Sobreira e Maria Joaquina do Amor Divino. A família paterna é seridoense, e a materna do cariri paraiban...

A tentação do dia (Jó 2:9-10)

O homem contemplando a vaga : Tudo pula, Até a água pula... A ovelha, o grilo, o bem-te-vi. O animal que se rotula Pula – aparece – e some; Aquele que se diz homem E aqui vive a sua tortura. ..............      ..............      .............. Oh homem, por que essa desventura Por que viver a amargura dos dias? Sai de cena... more e some, E viveras nas alturas!! Longe dessa vida vazia que te consome. ..............      ..............      .............. Viver e não viver O que satisfaria? Anima mea d’homo!! Deus em sua eterna misericórdia Há de nos dizer um dia - É dele toda a afazia – Que nos redime, perdoa e incólume Nos mantém cada dia... Não fosse Ele a nossa angústia Seria mais e mais vazia. Ele é a fortaleza na apatia A luz que nos alumia. Banabuyé, 05 de outubro de 2019. Rau Ferreira

Theotonio Costa se defende

O jornal “A União”, edição de 27 de janeiro de 1932, às fls. 10/11, trouxe uma defesa escrita pelo Sr. Theotônio Costa, então prefeito municipal de Esperança, relativa a acusações feitas a sua administração e publicadas no “Jornal do Commércio” em 23 do corrente mês e ano. Segundo consta, houve um equivoco nas constas municipais em razão da administração passada, que repetiu alguns números, sendo atribuído ao então secretário da prefeitura. Embora a resposta tenha sido editada pelo jornal “O Brasil Novo” em 20 do andante, as explicações foram novamente acolhidas n' “A União”. Em duas páginas, o Sr. Prefeito demonstra o saldo recebido quando assumiu a gestão municipal e as novas cifras do orçamento no tocante a sua administração, relacionando o aumento da receita. Uma a uma as acusações são rebatidas pelo prefeito que colaciona ainda duas tabelas, assinadas por Manuel Simplycio Firmesa, Secretário do Tesouro de Esperança. Assim pelo quadro demonstrativo afixado na edil...