- Seu Eudes, a sua vida
já foi bem triste, não
foi?
- tanto como o pio
triste
Da ave de Poe...
- Mas todo efeito tem
causa...
Dizer-me a causa não
quer
De sua passada mágua?
- ... uma mulher.
Foi assim... Ela
deixou-me
Depois... veja lá,
você!
Meus sonhos adoecem
todos
De não sei quê.
Minha vida então só
pensa
Num alívio e tanto mal;
Abriga todos os
doentes...
Faz-se hospital...
Chamei um médico. À
parte,
Me diz o amigo doutor:
"A doença é
grave". E em voz baixa:
"Só outro
amor...".
- Seu Eudes, diga-me! e
agora
Sua vida é ainda assim?
- Qual!!! hoje é cheia
de rosas
Como um jardim...
João da Retreta
(in: Musa Fútil, Era
Nova: 1925)
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