Pular para o conteúdo principal

Dona Anjinha, 105 Anos de vida (por João de Patrício)

Dona Anjinha aos 105 Anos de idade
Em homenagem a Dona Anjinha, no auge de seus 105 anos de vida, republicamos um texto* de autoria de João de Patrício, quando esta completara 102 anos, com pequenas adaptações para este 2017. A imagem que ilustra esta postagem encontra-se no perfil de sua neta Fernanda Almeida:

Dona Ângela Maria da Silva nasceu no Sitio Ribeiro do Município de Alagoa Nova, deste Estado, no dia 07 de janeiro de 1.912. Isso significa dizer que Dona Anjinha, como é familiarmente chamada, comemorou sua vinda ao mundo por 105 vezes. Casou com Joaquim Batista da Silva, cuja celebração matrimonial foi presidida por um dos Juízes desta Comarca de Esperança, o mais respeitado e severo Magistrado da época, Dr. Adelmar Lafayete Bezerra, precisamente no final da década 40 para o início da década de 50.
 A cerimônia civil foi testemunhada por uma das figuras mais importantes da sociedade esperancense, o Sr. Manoel Luiz Pereira, que viria, mais tarde, a ser o vice-prefeito da cidade, na década de 70; também foram testemunhas:  Francisco Cunha Cavalcanti e João Marinho Falcão, o então proprietário do Bar da Praça, no Pavilhão XV de Novembro.
 Da união conjugal surgiram 09 filhos: José Batista da Silva, já falecido, José Ataíde da Silva (Duda do Bar), In Memorian; Maria Batista de Melo, também falecida; Luiz Batista, Bernadete Batista Cavalcante, Fernando Batista da Silva, Maria Salete da Silva Xavier, Edvaldo Batista da Silva e Severino Batista da Silva, este último, residente em João Pessoa, que tendo o sangue poético nas veias, o dom de escrever, narrar fatos presentes e passados, escreveu, em homenagem à sua querida mãe, Dona Anjinha, o poema "E SABE DE TUDO", cuja composição recebeu o número 2.428, datado de 06/01/14.
Dona Anjinha, dos oito filhos gerados, conta com 33 netos e 56 bisnetos. Uma família bastante numerosa. De parabéns está, não apenas a aniversariante, mas todos os seus descentes. Dona Anjinha, a  matriarca de uma família simples que contribuiu com o desenvolvimento da nossa cidade. De parabéns está a família inteira”.

João de Patrício

* O presente texto foi publicado em 17/02/2014, no blog “Revivendo Esperança”.  http://revivendoesperancapb.blogspot.com.br/2014/02/angela-maria-da-silva-dona-anjinha-102.html;

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Ruas tradicionais de Esperança-PB

Silvino Olavo escreveu que Esperança tinha um “ beiral de casas brancas e baixinhas ” (Retorno: Cysne, 1924). Naquela época, a cidade se resumia a poucas ruas em torno do “ largo da matriz ”. Algumas delas, por tradição, ainda conservam seus nomes populares que o tempo não consegue apagar , saiba quais. A sabedoria popular batizou algumas ruas da nossa cidade e muitos dos nomes tem uma razão de ser. A título de curiosidade citemos: Rua do Sertão : rua Dr. Solon de Lucena, era o caminho para o Sertão. Rua Nova: rua Presidente João Pessoa, porque era mais nova que a Solon de Lucena. Rua do Boi: rua Senador Epitácio Pessoa, por ela passavam as boiadas para o brejo. Rua de Areia: rua Antenor Navarro, era caminho para a cidade de Areia. Rua Chã da Bala : Avenida Manuel Rodrigues de Oliveira, ali se registrou um grande tiroteio. Rua de Baixo : rua Silvino Olavo da Costa, por ter casas baixas, onde a residência de nº 60 ainda resiste ao tempo. Rua da Lagoa : rua Joaquim Santigao, devido ao...

A origem...

DE BANABUYU À ESPERANÇA Esperança foi habitada em eras primitivas pelos Índios Cariris, nas proximidades do Tanque do Araçá. Sua colonização teve início com a chegada do português Marinheiro Barbosa, que se instalou em torno daquele reservatório. Posteriormente fixaram residência os irmãos portugueses Antônio, Laureano e Francisco Diniz, os quais construíram três casas no local onde hoje se verifica a Avenida Manoel Rodrigues de Oliveira. Não se sabe ao certo a origem da sua denominação. Mas Esperança outrora fora chamada de Banabuié1, Boa Esperança (1872) e Esperança (1908), e pertenceu ao município de Alagoa Nova. Segundo L. F. R. Clerot, citado por João de Deus Maurício, em seu livro intitulado “A Vida Dramática de Silvino Olavo”, banauié é um “nome de origem indígena, PANA-BEBUI – borboletas fervilhando, dados aos lugares arenosos, e as borboletas ali acodem, para beber água”. Narra a história que o nome Banabuié, “pasta verde”, numa melhor tradução do tupi-guarani, ...

Arte Déco no Município de Esperança

O Art Déco é um estilo arquitetônico surgido na Europa nos anos 20 do Século passado caracterizado pelo uso de formas geométricas, ornamento e design abstrato. Ele possui linhas retas e poucas curvas, com exclusão de entalhes e motivos orgânicos. As cidades de Campina Grande (PB) e Goiânia (GO) possui um rico acervo destas construções. No município de Esperança, poucos quilômetros da “Rainha da Borborema”, não poderia ser diferente, devido a uma forte influência exercida por aquela cidade, a exemplo da imagem coletada por Evaldo Brasil (Blog Reeditadas) de um imóvel situado na rua Barão do Rio Branco, como ele mesmo dispôs na legenda: “traço arquitetônico típico dos pontos comerciais do centro da cidade, nos anos 70 do Século passado”.   Rau Ferreira   Fonte: - BRASIL, Evaldo. Reeditadas . Post: Arquitetura – Art Déco Poular – BBC. Blog disponível em: https://www.xn--esperanareeditada-gsb.com/ , acesso em 17/09/2025. - ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna . Editora ...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...