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Sistema de energia elétrica em Esperança.



Antigamente não existia rede de transmissão de energia como temos hoje. Foi então que o prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, na sua administração (1925-1929), instalou o sistema de energia de Esperança, consistente num motor a óleo que fornecia eletricidade para as principais ruas da cidade.
A casa de máquinas funcionava num prédio por trás do atual Banco do Brasil. O problema é que, por volta das dez horas da noite, a luz era desligada.


A solenidade contou com a presença do Dr. João Suassuna, Governador do Estado, e autoridades de sua comitiva além de diversos esperancenses ilustres, a exemplo de Silvino Olavo, Theotônio Costa, Elísio Sobreira, José Coêlho e Yoyô de Ginú.
Posteriormente, na gestão do prefeito Sebastião Vital Duarte (1940-1944), veio para Esperança a Companhia Distribuidora de Eletricidade do Brejo Paraibano – CODEBRO, que ficou responsável pelo abastecimento elétrico local, mas o sistema ainda era precário.
E no dia 10 de fevereiro de 1958 foi inaugurado a energia elétrica do sistema de Paulo Afonso-BA.
Da sacada do prédio da antiga Farmácia “Santos Gondim”, ao lado da Igreja Matriz, todos assistiram o acender das luzes, passando a iluminação pública a ser mais regular e abranger outros pontos da cidade.
Em 1964, a cidade passou a ser iluminada por lãmpadas a base de mercúrio, iniciativa do prefeito Luiz Martins de Oliveira, que contou com a aprovação do então Vereador Dogival Belarmino Costa, que sob o comando daquela Casa Legislativa, apresentou uma moção de aplausos ao gestor municipal “pela benfeitoria a esta cidade e ao povo em geral”, constando da ata dos trabalhos e formalizado no Ofício nº 140, de 12 de junho daquele ano.
Depois da CODEBRO sucedeu a SAELPA – Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba – atual ENERGISA – que em 1985 cobria 75% da cidade e 15% das propriedades rurais. Hoje a ela tem uma abrangência de 100% nas zonas urbana e rural.
Por volta de 1992 houve um crescimento superior a capacidade da empresa fornecedora de energia. Era comum naquele tempo as pessoas desligarem seus aparelhos de televisão e geladeiras, especialmente nos horários de pico.
Esperança chegou a registrar um total de 7.220 consumidores, que representava na época algo em torno de 8.818 Mwh (Megawatts/ hora).
Com isso surgiu a necessidade da implantação de uma Subestação de energia ocorrida no ano de 1997, e localizada no Bairro Portal desta Cidade.
No detalhe da foto, convidados presentes a inauguração na Casa de Manuel Rodrigues (1925).

Rau Ferreira

Fonte:
- Livro do Município de Esperança, Ed. UNIGRAF, 1985 - p. 85;
- Revista da Esperança, Ano I, Nº 02, mar/ maio de 1997 – p. 23/24.
- Site: virgulino.com (http://www.virgulino.com/esperanca/historia2.php), acesso em 12/08/2009.
- Revista 60 Anos de Esperança, Editor Assis Diniz, G.G.S. Gráfica, João Pessoa/PB, 01 de dezembro de 1985 – p. 11;
- Revista Aspecto, PASP nº 2 - Edição Especial – 50º de Esperança, Grafset Ltda, 29/11/1975 – p. 10;
- Revista “Era Nova”, 1925.

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