Muitas
instituições hoje estão preocupadas em conservar o seu patrimônio histórico,
adotando medidas ou mesmo fazendo parcerias com institutos históricos e
organizações governamentais para que os registros do tempo não se apaguem.
Assim
observamos a parceria da Arquidiocese da Paraíba com o Iphaep – Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba com vistas a “implantar ações
preventivas e coercitivas que garantam a preservação do patrimônio cultural de
propriedade da igreja” (SPA Nº 118/06). Em reunião foi discutida ainda a
formação de padres e religiosos direcionados à preservação e integração da
Arquidiocese nas atividades da Semana do Patrimônio Cultural.
Por
solicitação do Arcebispo Dom Aldo Pagotto, serão chamados a participar a
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros “no sentido de estender ações que dizem
respeito à segurança e prevenção de incêndio nessas edificações” (SPA Nº
118/06).
Projeto
semelhante se desenvolve junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Nessa Corte,
estão sendo digitalizados documentos cartoriais do Século XVIII e XIX com o
objetivo de criar acervos digitais. Até o momento mais de 40 mil já foram
processados, oriundos das Comarcas de João Pessoa, São João Cariri e
Mamanguape.
Trata-se
de uma proposta pioneira no Brasil que surgiu na Universidade Vanderbilt/USA
através de um programa de extensão que financia a digitalização de documentos
ameaçados. Além da identificação, é elaborada uma síntese para auxiliar nas
pesquisas. O documento ainda passa por seleção, higienização e acondicionamento
em cartilhas.
No
TJPB durante a catalogação foi descoberto um processo do Século XIX em que uma viúva
paraibana solicitou da Rainha de Portugal o direito de ser responsável por seus
filhos e pelo patrimônio do casal. Na época era comum a nomeação de um tutor e
testamenteiro a cargo do juiz de órgãos, em geral “um outro homem que poderia
ser da família ou não” (Portal TJPB).
A
Rainha decidiu pela manutenção da mulher, conferindo-lhe os direitos de guarda
dos filhos e administração do espólio em decisão que não se conhece precedente.
Em
outros textos de minha autoria já ressaltei a importância da preservação e do
resgate histórico. Acredito que tanto a Arquidiocese como o TJPB possuem acervo
que merecem nossa atenção e podem fornecer elementos riquíssimos para a nossa
história. É aguardar para ver.
Rau
Ferreira
Fonte:
-
TJPB, Portal. Disponível em http://www.tjpb.jus.br/,
acesso em 18/03/16.
-
SPA, Boletim Informativo. Sociedade Paraibana de Arqueologia. ISSN 2176/1574.
Ano XI, Nº 118. Edição de janeiro. Campina Grande/PB: 2016.
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