O Diário da Manhã, jornal editado no Espírito
Santo, publicava em sua edição de 19 de maio de 1932, a poesia QUADRO DAS
SECCAS, de Silvino Olavo, verdadeira síntese do fenômeno nordestino.
Dizia o poeta que o Nordeste sofria em
cáusticas agruras, denotando a força do astro rei em nossa terra.
As árvores “nuas” com seus galhos ao alto
lembravam um “bracejar imenso de torturas”. Era o rigor do clima que reduzia a
flora e as espécies, numa luta tenaz de sobrevivência.
A natureza assim fenecia – a morte – “a
tragédia final das criaturas!” – era o destino que aguardava. E concluí:
“São
conseqüências da tremenda guerra
em que, há
muito, se empenham Sol e Terra
nos campos
adurentes dos Sertões” (Silvino Olavo)
Este é apenas um dos poemas do vate
esperancense que ilustra a sua vivência, o seu pesar profundo pelo sofrimento
humano. O título auto-explicativo, referencia um verdadeiro “Quadro das Secas”.
Rau Ferreira
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