Encontrei o
seguinte artigo publicado no Boletim do Ministério da Agricultura, em 1927.
Pelo seu valor histórico, transcrevo ipsi
litteris parte daquela pesquisa.
A Batatinha
na Parahyba do Norte
Inquérito procedido pelo Inspector Agrícola Dr. DIOGENES CALDAS e
apresentado ao serviço de inspecção e fomento agrícola. HISTÓRIA – No Estado da
Parahyba do Norte a batatinha é geralmente conhecida pela denominação de batata
ingleza, quer nos mercados de venda, quer nos mercados de producção.
A sua introducção agrícola é muito recente de sorte a ser possível
declinar o nome do primeiro cultivador no Estado, o Coronel Delfino Gonçalves
de Almeida que, no anno de 1906, realizou uma experiência cultural coroada de
pleno êxito. As sementes utilizadas foram adquiridas no mercado local não se
podendo precisar si foram de producção nacional ou extrangeira.
Isso se deu em Esperança por aquella época, districto, do município de
Alagôa Nova e hoje autónomo e Isso se deu em Esperança por aquella época, districto,
do município de Alagôa Nova e hoje autónomo e continuando a constituir o
principal centro productor dessa importante solanácea.
A conflagração européia dando lugar, primeiro à escassez e e depois á
ausência completa da batatinha nos mercados nacionaes ao norte do Paiz
especialmente, offereceu margem a que suas plantações se alargassem, alcançando
o município de Areia no districto de Alagoa do Remígio, cujas condições
mesológicas são perfeitamente idênticas às de Esperança.
Ahi foi o snr. Ignacio Barbosa quem, no anno de 1916, emprehendeu a
primeira exploração agrícola do rico tubérculo.
Até hoje a produção da batatinha no Estado teve o incremento que
permitiram as condições rotineiras de um meio rural atrasado e trabalhado pela falta dc credito agricola e de instrucção profissional”
(Boletim
MA: 1927).
No ano de 1919 produzimos 2000
quilos. E em 1935 o jornal “A União”
noticiava na sua primeira página o crescente aumento do “plantio dos municípios de Esperança e Alagoa Nova, onde mais se faz
sentir a ação benéfica das cooperativas”.
Em 1941 o município exportou 30
toneladas de batatinha. O maior produtor da época - Sr. José Waldez do
Nascimento [Zuza Valdez] - foi considerado o homem mais rico da região.
Por essa razão o Governo Estadual
criou o Campo Experimental de Cultivo da Batatinha (1931), seguida pela
Cooperativa de Crédito e Beneficiamento de Batatinha dos irmãos Joaquim e
Heleno Virgolino da Silva (1934), cuja sede viria a ser inaugurada na rua Campo
Santo [atual rua Joaquim Virgolino] em 1934.
Referência:
Referência:
- BOLETIN, Ministério da Agricultura. Vol.
II. Serviço de Informação Agrícola e Estatística da Produção. Imprensa Oficial:
1927.
- Livro do Município de Esperança. Ed.
Unigraf. Esperança/PB: 1985.
- ESPERANÇA, Diagnóstico Sócio-Econômico de. SEBRAE/PB:
1997.
- Anuário da Paraíba, Volumes 1-3. Ed. Imp.
Oficial: 1934.
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