Pular para o conteúdo principal

Sol na imprensa carioca

Reportagem especial

Concluído o ginasial, Silvino Olavo submete-se ao concurso vestibular, logrando êxito para o curso de bacharelado em ciências jurídicas. Parte, então, para o Rio, hospedando-se na pensão do casal Zuchi, na rua da Carioca, nº. 30. Para ajudar nas suas despesas atua como revisor de jornais e trabalha nos Correios e Telégrafos.
Inicia-se, portanto, em 1920, a sua escalada literária.
No Rio publica em jornais, revistas e folhetins, que lhe dão certa notoriedade, como ele próprio confessou: “lutara lá pela vida, pela conquista de uma carta de advogado e pela publicação de alguns poemas tradicionalistas”.
Destacamos aqui as suas principais atuações nos periódicos cariocas:

A Crítica – revista dirigida por Franco Vaz, que funcionava na rua do Ouvidor. Eram seus redatores: Silvino Olavo e Arnaldo Borges, sendo gerente Cícero Vaz.

Dário Carioca – Redator-chefe Salles Filho e diretor-tesoureiro A. Ferreira Botelho, funcionando na rua da Guanabara, nº. 05. Neste jornal, SOL imprimiu o importante artigo AS RAZÕES DO NEGO PARAHYBANO, resumindo com precisão a ideologia do governo João Pessoa perante a Assembléia Legislativa.

Brasil Social – Magazine carioca dirigido por P. A. Soares e que contava com o seguinte corpo de redatores: Olegario Mariano, Agrippino Grieco e Leão de Vasconcelos. Neste, entre outros, publicou “Mocidade e idealismo” e “Felicidade”.

Fon-fon – Surgida em 1907, tinha como idealizador Gonzaga Duque e ilustradores Nair de Tefé, J. Carlos, Raul Pedeneiras, contando, ainda, com a colaboração de Di Cavalcanti. Nesta revista, o vate foi chamado pela primeira vez de “o poeta dos cysnes”.

Gazeta de Notícias – diário carioca onde o vate publicou um importante artigo sobre o “Folklore” brasileiro.

Ideia Ilustrada – revista quinzenal ilustrada com “photographias”, tendo por colaboradores: Silvino Olavo, Oswaldo Orico, Peregrino Júnior, Teixeira Soares, Ribeiro Couto, Jacques Raimundo e Lincoln de Souza.

O Mundo Literário – semanário de literatura nacional e estrangeira da Livraria Leite Ribeiro, sob a direção de Pereira da Silva, Théo-Filho e Agrippino Grieco

Nação Brasileira – revista mensal de propriedade de Alfredo Horcades, com artigos de fundo e crônicas de Silvino Olavo, Heitor Alves, Célio Lyra e outros articulistas.

A Época – revista dos estudantes da Faculdade de Direito do Rio, dirigida por Oscar Saraiva, com redação literária de Silvino Olavo e participações de Pedro Teixeira, Rivadavia Corrêa, Luiz de Lyra Tavares, José Schettino e João Coelho Branco.
Eis aqui um breve apanhado das participações de SOL na imprensa carioca.

Rau Ferreira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

O Mastodonte de Esperança

  Leon Clerot – em sua obra “30 Anos na Paraíba” – nos dá notícia de um mastodonte encontrado na Lagoa de Pedra, zona rural de Esperança (PB). Narra o historiador paraibano que em todo o Nordeste existem depressões nos grandes lajeados que afloram nos terrenos, conhecidas pelo nome de “tanques”, muitas vezes obstruídos pelo material aluvionar. Estes são utilizados para o abastecimento d’água na região aplacada pelas secas, servindo de reservatório para a população local. Não raras as vezes, quando se executa a limpeza, nos explica Clerot, aparecem “ restos fossilizados dos vertebrados gigantes da fauna do pleistoceno que povoou, abundante, a região do Nordeste e, aliás, todo o Brasil ”. Esqueletos de espécimes extintas foram encontradas em vários municípios, soterrados nessas condições, dentre os quais se destaca o de Esperança. A desobstrução dos tanques, necessária para a sobrevivência do rurícola, por vezes provocava a destruição do fóssil, como anota o professor Clerot: “ esf

Anselmo Costa

O Pod.: Ir.: Anselmo Costa é filho do ilustre desportista José Ramalho da Costa e d. Maria da Guia Costa. Casado com a Sra. Meire Lúcia de Faria Costa, tem três filhos (Rodolfo, Renê e Rainer) e dois netos gêmeos (Guilherme e Gustavo). Nasceu em Esperança no dia 08 de Fevereiro de 1950 e se dedicou ao ramo de Clínica Odontológica em Brasília/DF, onde reside desde 1976. Na maçonaria, teve sua iniciação junto a ARLS Mutirão Nº 11 – GLMDF - em 13 de dezembro de 1986, sendo elevado em 9 de outubro do ano seguinte e exaltado em 17 de junho de 1988. Sua instalação ocorreu em 19 de maio de 2000, tendo exercido o cargo de V.'. M.'. daquela oficina por duas vezes, no período de 2000/2001 e 2009/2011. É membro do S.C.G.33 do R.E.A.A. DA M.R.F.B,.desde 1993, e da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, tendo atuado como Juiz do Conselho de Justiça do GLMDF (2002/2005) Idealizou e fundou o Capítulo Mutirão Social Nº 775 da Ordem DeMolay.Or.'. do Guará-DF e Associação Brasil

Versos da feira

Há algum tempo escrevi sobre os “Gritos da feira”, que podem ser acessadas no link a seguir ( https://historiaesperancense.blogspot.com/2017/10/gritos-da-feira.html ) e que diz respeito aqueles sons que frequentemente escutamos aos sábados. Hoje me deparei com os versos produzidos pelos feirantes, que igualmente me chamou a atenção por sua beleza e criatividade. Ávidos por venderem seus produtos, os comerciantes fazem de um tudo para chamar a tenção dos fregueses. Assim, coletei alguns destes versos que fazem o cancioneiro popular, neste sábado pós-carnaval (09/03) e início de Quaresma: Chega, chega... Bolacha “Suíça” é uma delícia! Ela é boa demais, Não engorda e satisfaz. ....................................................... Olha a verdura, freguesa. É só um real... Boa, enxuta e novinha; Na feira não tem igual. ....................................................... Boldo, cravo, sena... Matruz e alfazema!! ........................................