Evaldo Brasil
O Jornal Estudantil
em sua primeira edição circula em 28 de agosto de 1984, fundado no Colégio
Estadual de Esperança, em resposta à promessa de que, se eleitos, membros do
Grêmio Estudantil fariam um jornalzinho. Tinha apenas 03 páginas impressas em
mimeógrafo e seis pais, alunos de 1º e 2º ano científico. Assim se repete em 19
de setembro, 2ª Edição; em 25 de outubro, nº 03, 04 páginas; em 21 de novembro,
nº 04, já com 06 páginas, impressas frente e verso.
As provas de fim de
ano e férias escolares nos dão uma pausa. Em fevereiro de 1985, sai o nº 05 e,
em março, o nº 06, ambos repetindo o padrão da última edição de 84. Em sua
“Ficha Técnica” há Direção (João Batista Araújo), Redação (Claudionor Vital
Pereira e Raimundo Vitorino de Souza) e Reportagem (Evaldo Pedro da Costa,
Alexandro de Almeida, Jean Carlos e Marcelino Araújo), contando com a
colaboração de “alunos e professores além de algumas pessoas da comunidade”.
Entre abril e maio fizemos o caminho para a gráfica, impressão tipográfica em
offset na antiga Gazeta do Sertão. Aqui nasce o jornal Novo Tempo: “Do aluno
para o aluno” é substituído pelo “Órgão Independente” anunciado em março.
Rubens Andrade assina a diagramação. Essa primeira equipe conta com textos dos
seguintes colaboradores: Jodeme (Constituinte), Marinaldo Francisco (Ainda há
tempo) e Roberto Cardoso (Banabuié: o açude de outros dias). Nº 07, 04 páginas.
Em junho/85 sai do
prelo o nº 08, com novos colaboradores: José Antonio Pereira (Reforma Agrária)
e Maria José (Rua João Mendes: Um grande problema). Roberto Cardoso trata de
“Problemas na Nova República” e Marinaldo Francisco, de “Educação”; Raimundo
Viturino se revela poeta popular (No Brasil é assim) e eu me apresento como
chargista (TV Bandeirantes ou TV QnãoCV?).
A bimestralidade se
coloca no nº 09 (julho/agosto) do “periódico mensal” e, para compensar são 06
páginas, incluindo uma com questões de vestibular. Benedito Anselmo M. Oliveira
(O consumidor e a “Nova República”) se junta aos colaboradores.
Somente em outubro
sairia a 10ª edição, vinculada à ideia do Ano Internacional da Juventude. Mas,
para minimizar custos, seria impresso em linotipia, na Gráfica Júlio Costa. No
agora Expediente, assino o item Artes. Dentre os novos colaboradores, Narcisa
Henriques Barbosa (Festejar ou Construir?) e José Agnelo Soares (Ônibus dos
Estudantes); M. José (Terra Pequenina) passeia pela poesia.
Somente em
setembro/outubro, já com as afinidades ideológicas melhor definidas é que sai a
11ª edição, voltando com 04 páginas, na chamada 01 do Ano II. A Composição
Gráfica fica a cargo da Contexto CPGE Ltda. Sandra Dias (O descaso com o nosso
patrimônio histórico) simboliza a fase de “um jornal de ideias”.
O nº 12, com Dom
Helder Câmara na capa, recebe a colaboradora Albanete Bezerra Nóbrega (Pequeno
Mundo), Carlos Egberto (Há merecedores?) e da Equipe Pró-grêmio, de Alagoa
Nova.
Em janeiro/fevereiro
de 1987, com Aldalécio Bezerra como Diretor Financeiro, circularia a última
edição da 1ª fase, dedicada à padroeira. Padre José Ribamar Ericeira Nunes
assina “Festa de Maria: Festa do Povo” e Cleonice Nicolau Meira, “Esperança,
crer para vencer”. Agnelo Soares, Roberto Cardoso e Vera Câmara passam a compor
o expediente na colaboração redacional.
Essa primeira fase
em três modos e três tempos (do mimeógrafo ao offset, passando pela linotipia)
terminaria com a 14ª edição perdida em meio a “37 famílias são expulsas da
terra”, quando nos embrenhamos no apoio à resistência e permanência delas na
fazenda Bela Vista.
Até 1995.
Evaldo Brasil
Referência:
- Encadernação do Jornal Estudantil/Novo
Tempo, 1984-1996.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.