Por duas oportunidades
escrevemos sobre o ciclo da batatinha, monocultura que foi importantíssima para
o município em seu passado. Agora, trazemos aos leitores um cotejo da
importância desta tradição que se encontra nos Anais da Câmara dos Deputados.
Segundo aquele informativo, o
município de Esperança já foi o segundo produtor de batatinha do Nordeste com o
plantio de 2.000 hectares que envolviam 1.200 famílias na tecnologia da
produção.
As batatas eram armazenadas em
um moderno frigorífico, construído especificamente para este fim e administrado
pela CONAB, com capacidade para 1.000 toneladas. Contudo, com o advento da seca
e a má qualidade das sementes devido a escassez d’água a cultura foi
praticamente dizimada.
Em 1999 o mercado deste produto
passou por uma forte crise que elevara o preço do produto para uma cotação
superior a US$ 100
a saca, abrindo assim novas possibilidades.
O boletim chamava a atenção para
o manejo do produto e a busca de soluções viáveis para a manutenção da
batatinha inglesa, à época uma importante fonte de renda para os agricultores
locais.
Em épocas passadas a região
polarizada por este município produziu 30 toneladas, o que motivou não só a
construção do armazém refrigerado como também o surgimento de associações e
cooperativas, além da pavimentação da chamada “estrada da batatinha”, ligando os municípios de Esperança e Areial
ao sertão paraibano.
Rau Ferreira
Fonte:
- DEPUTADOS, Anais da Câmara. Vol. XXV. 11ª
ed. Departamento
de Imprensa Nacional: 1999;
- ESPERANÇA, Diagnóstico Sócio-Econômico do
Município de. SEBRAE/PB: 1997;
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed.
Unigraf: 1985;
- MEDEIROS, Coriolando de. Dictionário Corográfico do Estado da Paraíba.
2ª ed. Departamento de Imprensa Nacional: 1950.
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