Reportagem
Especial
Descrevemos aqui Esperança nos idos de 1899,
conforme encontramos no Almanak Administrativo do Estado da Parahyba.
Conhecida por Banabugé ou Esperança, era uma grande
aprazível povoação que pertencia à vila de Alagoa Nova, localizando-se 3 léguas
a Oeste daquele município.
Na época registrava 152 casas e cerca de 1.300
habitantes. Sua capela, erigido sob a invocação da Virgem do Bom Conselho, era
um “bello templo de excellente
construcção e moderna architectura” (sic), medindo 80 palmos de largura por
160 de extensão. E tendo por capelão o Padre Bento Maria Borges.
Havia ainda um cemitério público com capela
correspondente, este construído em 1860 devido ao surto de Cólera que ocorreu em nosso Estado. E uma filarmônica, que
acreditamos ser aquela regida por Joviniano Sobreira, que possuía um internato
no município com aula de música em seu currículo.
A sua feira é abundante e concorrida, realizando-se
aos sábados nas proximidades da capela e em um mercado particular. Eram
comercializados, por esse tempo, farinha, milho, feijão, rapadura, carne seca,
objetos de indústria e animais vivos, principalmente o gado vacum.
O seu comércio era “animado” com diversas casas de fazenda, estivas, molhado e
quinquilharias. Destacando-se neste ramo: Mathias F. Fernandes, Firmino
Porfírio Delgado, Thomaz Rodrigues de Oliveira, Sebastião Nicolau da Costa,
Manoel Idelfonso Correia Lima, Miguel Angelo Criosolo & Irmão (fazendas); Manoel
Camello do Nascimento (estivas); José Maria Ferreira Pimentel, José Maria &
Cia., José Martiniano de Araújo, José Irineu Diniz, Surpino Agripino de Souza,
Manoel Alves da Rocha, José F. de Albuquerque Silva, Pedro Benevenuto de
Araújo, Francisco Nicolau da Costa, Francisco Celestino da Silva, Joaquim Celestino
da Silva, Florentino Bezerra Diniz, Francisco Anatolio Ferreira Cavalcante,
Ignácio da Silva Sobral e José Pereira Brandão (molhados); Elysio Augusto de
Araújo Sobreira, Manoel Rodrigues de Oliveira, José Maria Ferreira Pimentel,
José Pereira Brandão, Francisco Celestino da Silva, Surpino Agripino de Souza e
Antonio Firmino do Nascimento (quinquilharias). Mathias Fernandes era
proprietário ainda de uma pequena farmácia.
A organização administrativa do município estava
assim organizada:
Juízes de Paz: Thomaz Rodrigues de Oliveira, José
Maria Ferreira Pimentel, Clemente Alves Bezerra e Vital José Pereira. A
povoação de Esperança pertencia ao Termo de Alagoa Nova da Comarca de Areia.
Subdelegados: Firmino Porfírio Delgado. E suplentes,
pela ordem: Sebastião Nicolau da Costa, Manoel Veríssimo Ferreira Gil e Elisio
Augusto de Araújo Sobreira.
Professores públicos: Antonio de Albuquerque Lima
(Cadeira do sexo masculino) e D. Maria Augusta Sobreira de Carvalho (Cadeira do
sexo feminino).
O posto dos correios sediada na povoação desde 1885
estava a cargo da Sra. Martiniana G. Pereira. Expedia e recebia malas
postais para os agentes do interior e da capital do Estado nos seguintes dias:
1, 6, 11, 16, 21 e 28, com saída às 6h30 da manhã.
Rau Ferreira
Referências:
- PARAHYBA,
Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Estado da. Anno II. José
Francisco Moura (Org.). Parahyba do Norte: 1899;
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf: 1985
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