O algodão herbáceo outrora fora denominado de “ouro branco”. Antigamente, “Os algodoeiros frondosos como grandes
arbustos, davam boa safra” (Jornal Gazeta, 9/11/1888).
O mesmo acontecia em Esperança, cuja produção de
algodão tinha grande potencial. Nessas paragens, foram muitos os que cultivaram
a planta que serve entre muitas coisas para o tear, sobremaneira nas décadas de
30/40. Mas a atenção comercial ainda estava voltada para a criação de gado,
chamada de a “mercadoria que anda”.
O algodão chegou a competir com os cereais e a
própria batatinha, que foi por assim dizer a nossa principal cultura. Nesse
tempo havia quatro vapores na cidade de descaroças algodão e prensas para
enfardar o produto, de onde seguiam para abastecer os armazéns de Campina
Grande.
O Livro do Município registra que: “Era constante o tráfego, com vários motores com
significante número de burros pelas ruas e estradas de Esperança”.
Com a crise do algodão e outros fatores o plantio
perdeu terreno e hoje pouco se tem desta importante monocultura.
Rau Ferreira
Referências:
- JOFFILY, Geraldo Irineu. Um
cronista do sertão no século passado. Comissão Cultural do Município,
Prefeitura Municipal de Campina Grande: 1965, p. 15;
-
MEDEIROS, Coriolando de. Dictionário
corográfico do Estado da Paraíba. Ministério da Educação e Saúde Pública.
2ª Ed. Departamento de Imprensa Nacional: 1950, p. 91/92.
- Livro
do Município de Esperança. Esperança/PB. Ed. Unigraf: 1985, p. 35.
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