COLÉGIO ESTADUAL
Por Chico de Pitiu (*)
Francisco
Cláudio de Lima – Chico de Pitiu – em seu livro sobre a história do futebol em
Esperança, relata fatos inusitados e reminiscências que não estão diretamente
ligadas ao esporte. Essas histórias narradas pelo intelectual, dizem respeito a
uma Esperança nostálgica e que podem ser lembradas, em parte, no Capítulo
“Histórias que não foram contadas”. Uma delas, diz respeito ao Colégio Estadual
que foi fruto da luta dos estudantes da época, cujo trecho transcrevo:
“Foi uma campanha agitada e empolgante, teve
início com a criação da ‘Comissão’ composta de estudantes. Faziam parte da
mesma os estudantes João Eudes, Raimundo, Zé Constantino, Chico de Pitiu, Berto
Anísio, Costinha, João de Patrício, Jeová de Lima e Reginaldo de seu Abraão, de
saudosa memória.
Enfrentando dificuldades e
incompreensões, a ‘Comissão’ programou e executou um intenso trabalho de
informação e esclarecimento através de reuniões com estudantes, palestras na
Difusora de Ernandes e distribuição de boletins à população. O trabalho deu os
resultados esperados. Os estudantes e a população, informados e esclarecidos
sobre os objetivos da ‘Campanha’, rapidamente posicionaram-se pela criação do
‘Colégio’. Umas mil e cem pessoas assinaram um documento a ser encaminhado ao
Governador Pedro Godim, reivindicando o almejado ‘Colégio Estadual’. O golpe
militar atrasou tudo.
Não se pense porém, que o ‘Colégio
Estadual’ chegou a Esperança graciosamente. Chegou porque muitos lutaram por
ele, mesmo sendo pressionados, caluniados e incompreendidos por pessoas
negativistas existentes na cidade. Felizmente não desistiram e alcançaram a
vitória, que, mesmo com atraso chegou. Os que lutaram por ele deram a geração
atual e futura, um belo exemplo de firmeza e amor à terra. Uma das experiências
colhidas nessa ‘Campanha’, é que, ao lado de pessoas dedicadas, leais, honestas
e solidárias, surgem corruptos, oportunistas e traidores venais. Nesta isto
aconteceu”.
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Francisco
Cláudio de Lima (1924/2007 é autor do livro “50 Anos de Futebol e Etc”, com
prefácio de Severino Ramos Pereira (Dr. Nino), onde relata fatos curiosos e
pitorescos do surgimento e da evolução deste esporte em nossa cidade.
Dedicou
trinta e nove anos de sua existência a causa da saúde, como funcionário da
Fundação SESP, participando de diversos treinamentos, seminários e cursos, e
atuando nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde
coordenou as atividades de saneamento de saúde pública. Foi ainda dirigente do
América Futebol Clube e do Centro Artístico Operário Beneficente de Esperança
(CAOBE).
Rau
Ferreira
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