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O Esporte em Esperança

José Ramalho
O Brasil é o país do futebol e em Esperança não poderia ser diferente. Este esporte há muito tempo tem se destacado na cidade. São inúmeros os campos de peladas, peladeiros e atletas de fim de semana, todos ávidos em marcar um gol.
As primeiras notícias desta modalidade esportiva em nosso Município datam de 1919. Segundo uma versão, nesse ano teria surgido o primeiro time de futebol local, o “Epitácio Pessoa”, dirigido por Manoel Cavalcante de Melo (Yoyo de Biluca). Todavia, a primeira equipe organizada foi o Vera Cruz, de Basto de Tino e João Galdino, no ano de 1925.
Mas a cidade registra na sua história outras práticas desportivas. Francisco Cláudio [1] relata que “nem só de futebol vivia Esperança. Praticava-se também outros esportes, como voleibol, atlestimos, tenis de mesa, jogava-se muita 'dama' e peteca” (p. 143).
No vôlei masculino tínhamos Zé Lacerda, João Costa e Manoel Batista, esse descrito como o “melhor cortador de Esperança”. E no feminino, Salete Ataide, Lêla e Cornélia Diniz.
Muitos outros praticantes participavam também do futebol, integrando as equipes locais e se revezavam no volei, a exemplo de Biu Porto, Mafia e o próprio Chico de Pitiu.
No atletismo Pedro de Pedrão e Melquíades eram grandes adversários nas corridas de resistência, além de Rulipa e Inácio Piranji, vencedores da “Corrida da Fogueira”. E os jovens corredores João Batista Araújo e Marcelino Araújo, que juntamente com outros estudantes formaram a CORBEP e corriam pelas cores de Esperança em toda a região.
O tênis de mesa era representado por Dr. Evandro do SESP e Janduí, craques da raquete do antigo “Esperança Clube”.
De 1938 a 1958 tivemos grandes jogadores de Damas, figuras ilustres que muito contribuíram para a emancipação do município e seu engrandecimento, como Manuel Rodrigues, Teotônio Rocha, Zé Calor, Inácio Rodrigues e seu Lita. E num passado mais recente: Chico de Pitiu, Vicente Simão, Paulo Coêlho, Nascimento e seu Cassimiro. Na década de 70/80, o popular “Luizão do Posto” dominava o jogo.
A “peteca” fez parte da nossa história em 1937, na Rua de Areia e Praça Dom Adauto, nas pessoas de João Preto, Feição de Jumento e João Flandileiro.
As corridas de cavalo eram organizadas por Alfredo Régis e aconteciam na Rua do Prado (atual Rua da Cadeia).
Nas artes marciais temos o professor Evenilson Costa de Oliveira, faixa preta 1º Dan. E o professor professor Manuel Freire da Rocha, premiado em diversas competições e muito respeitado no Karatê.
No detalhe da foto vemos o desportista José Ramalho da Costa, grande responsável pela profissionalização do América de Esperança na década de 50 e construção do Estádio que leva seu nome.

Rau Ferreira

Refereências:
-         [1] “50 Anos de Futebol e Etc.”, Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa: 1994, p. 143/ 146;

-         Livro do Município de Esperança, Ed. Unigraf: 1985, p. 91/92.

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