Eu quando ind’era menino
Recebi um beijo da amada
Um beijo leve e fino
Numa noite enluarada.
Ouvi um toque de sinos
E luzes mui encantadas
Quis assim o destino
Que ela fosse falada.
Cai em pleno desatino
A minha musa destronada
Corri de sol a pino
Por mim não acreditava.
Todos de mim sorrindo
E eu sofrendo, calava;
Nenhum dia era bem-vindo
Nenhum deles me falava.
E a consciência foi fugindo
E a vida me levava
O sol de novo surgindo
Aquela noite assim acabava.
Hoje vejo o tempo findo
Daquelas coisas passadas
O beijo do amor divino
Da primeira namorada.
Rau Ferreira
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