Reportagem Especial
O município de Esperança, na Paraíba, possui inúmeras riquezas ecológicas. Destacamos hoje a comunidade dos “Caldeirões”, um local privilegiado pela natureza.
A cachoeira é formada a partir de um riacho afluente do Rio Mamanguape que corta o Sítio Caldeirão formando três quedas d’águas com uma extensão aproximada de 15 metros.
Segundo levantamento procedido pelo historiador Vanderley de Brito e estudos da Sociedade Paraibana de Arqueologia – SPA, transcritos no livro “Paraíba – meu passado, meu presente”:
“Trata-se de um lajedo formado por plataformas em sete degraus, no leito do riacho Doce. Na primeira queda d’água formou-se um belíssimo caldeirão na meia encosta e há um lago, abaixo, que recepta as águas que excedem do caldeirão. Muitas gravuras rupestres entalhadas nesse painel já foram desgastadas pela cascata que é praticamente constante nessa área do brejo. A composição do painel tem incrível semelhança com as ittacoatiaras do Ingá, tanto na técnica de gravar quanto na composição dos símbolos”.
A sua beleza natural permanece quase intocável por falta de uma maior divulgação registrando a presença de poucos turistas que costumam banhar-se naquelas águas.
O lugar é apropriado para a prática do trekking e do rapel, além reunir condições aos estudos arqueo-paleontológico (vestígios humanos e de animais extintos).
A Itacoatiara do Caldeirão
A cachoeira por sua vez esconde uma importante Itacoatiara com gravuras produzidas sob a técnica da meia-cana que muito se assemelham as da Pedra do Ingá. Esses petrogrifos, segundo dizem, foram “feitos por um povo misterioso que habitou a Paraíba e que deixou sua história gravada em pedras espalhadas por vários municípios”.
Os desenhos gravados na rocha - denominados de capsulares - se encontram entre a primeira e segunda queda d’água. Acredita-se que havia outras inscrições na pedra, que certamente foram “apagadas” pelo desgaste e erosão das águas.
Em épocas chuvosas o volume encobre parcialmente a visibilidade da pedra.
Como chegar aos Caldeirões
Existem dois caminhos que nos levam até os Caldeirões. O primeiro parte da sede do município, atravessando a Beleza dos Campos e seguindo no final à esquerda pelo Sítio Bela Vista, na antiga morada do poeta Silvino Olavo.
Mas o visitante pode ir pela BR-104 – trecho Esperança/Remígio – dirigindo por cerca de 3 quilômetros e entrando à direita antes do posto da Polícia Rodoviária Federal do Distrito de São Miguel, percorrendo em seguida mais 3 Km de estrada de chão até o Sítio Caldeirão.
No detalhe da foto, a Cachoeira do Caldeirão que nos foi enviada pelo vereador esperancense José Adailton da Silva Moreno, o “Amazan”.
Rau Ferreira
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985;
- OLIVEIRA, Iranilson. e OLIVEIRA, Catarina. Paraíba – meu passado, meu presente. História. FNDE. 4° e 5° Ano. Base Didáticos: 2010;
- Orkut, Comunidade da Cachoeira: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=456263;
- http://nordestenews.vilabol.uol.com.br/paraiba18.html, acesso em 30/06/2011;
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