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Mostrando postagens de junho, 2024

Quem foi Padre Zé?

  Padre Zé Coutinho nasceu em 18 de novembro de 1897, numa quinta-feira, às três horas da tarde, no povoado de Esperança. A sua casa ficava na esquina entre as ruas Manuel Rodrigues e Solon de Lucena. Essa residência foi derrubada nos anos 90 e hoje abriga uma loja de peças de automóveis. O seu pai era Conselheiro Imperial, cargo que exerceu até o início do Século passado, atuando em diversas cidades do Brejo paraibano, inclusive Esperança, onde o futuro padre nasceu. O seu tio, Monsenhor Odilon Coutinho, se destacou como educador e político; foi deputado estadual nos anos 20, e Cônego Honorário do Cabido Metropolitano, além de Monsenhor Camareiro Papal e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba. Seus padrinhos deixaram tudo o que possuíam para o afilhado, sendo o principal bem a propriedade “Maris Preto” em Montadas, que foi vendida pelo vigário em 1927, quando este se dedicou à causa da pobreza, peço preço de sete contos de réis. Costumava confessar os pobres, nã

Banho de açude

  Thomas Bruno publicou n’A União um conto sobre o mito da cobra-preta muito conhecido na Parahyba. Quem nos dá conta é Câmara Cascudo. Segundo a lenda, a cobra procura as mães que estão a amamentar. Coloca a ponta da causa na boca da criança para acalentá-la, enquanto suga o leite materno. Isso nos era contado, antigamente, para entre outras coisas, se evitar banho de açude. Imagine só como eram as proibições naquele tempo, elas se davam por estórias! Mamãe também não nos deixava tomar banho de açude. Mas nem por isso, deixava de me aventurar na época das cheias, com os colegas de escola. Certa feita a professora de ciência/biologia nos mandou coletar folhas de todo o tipo. Foi a desculpa para irmos aos sítios. Na Timbaúba no inverno nas cercanias de Cícero Romana descia uma cachoeira. Fomos à nascente... a água corria fina, translúcida. A renovo da natureza é para nós um encanto. Que maravilha! No caminho jogamos pedras ao léu. No mato os passarinhos revoavam. Tudo era nature

Theotônio Costa: o prefeito de sangue azul (por Ismaell Bento)

  Theotônio Tertuliano da Costa, segundo prefeito de Esperança-PB, nasceu no dia 09 de setembro de 1886, na cidade de Areia-PB, além dele, seus pais tiveram mais 12 filhos, sendo Theotônio o 7º filho do casal. Filho de Bento Jardelino da Costa, nascido em Areia no dia 14 de outubro de 1838 e de Guilhermina Etelvina de Oliveira Azevedo, sua prima legítima, natural do município de Jardim do Seridó-RN. O Brejo paraibano foi fortemente ligado ao Seridó Riograndense, que muitos na época chamavam de “cariris” ou até mesmo “sertão”. Há grande indícios de famílias que possuíam propriedades em ambas as regiões, e transitavam entre si durante os períodos de secas que acometiam o Nordeste. Os pais de Theotônio eram proprietários do Engenho Jardim, em Areia, onde criaram seus filhos. Os bisavós paternos do prefeito eram Pedro Dias da Costa, nascido no Brasil por volta de 1880, filho de Estevão Dias da Costa, brasileiro, nascido em 1770 e de Joana Maria Soares Cardoso Costa, brasileira, nascida e