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Salathiel em seu mesa de sonoplastia |
Salathiel Coelho ganhou fama após
introduzir na dramaturgia brasileira as trilhas sonoras de novelas, pois antes
não havia qualquer som que acompanhasse atores e coadjuvantes. A brilhante
ideia lhe deu fama na TV, mas ele também escreveu peças, trabalhou como locutor
e produziu dublagens.
O seu pai - Antônio Bastos - possuía
uma pequena lanchonete neste Município de Esperança, onde também vendia caldo
de cana.
Começou a sua carreira no antigo Cine
S. Francisco, de Titico Celestino; até que um dia foi descoberto em Campina
Grande por Assis Chateaubriand, quando ainda fazia locução.
Na ocasião, o magnata das
comunicações havia perdido um documento e pediu-lhe que anunciasse o fato nos
auto-falantes. Satisfeito com a sua apresentação, o velho Chatô percebeu logo o
grande potencial do jovem. A partir daí, foi trabalhar nas rádios:
“Salathiel Coelho foi ser locutor
oficial nos comícios do PSD, na Paraíba. Depois de escapar de vários atentados,
Chateaubriand resolveu manda-lo para o ‘Sul maravilha’ e colocá-lo em contato
com David Nasser, com uma comovida carta de recomendação. (...) Foi quando
Chacrinha veio com a Discoteca de Niterói e o chamou para fazer a locução”
(Luta Democrática, Nº 7.935: RJ, 1980).
O premiado sonoplasta, participou da
produção da “Praça Moraes Sarmento” nos anos 60, exibida pela TV Tupi; e o “Salão
de Fofocas”, pelo Canal 4 e diversos show de dublagens.
Destaque para alguns prêmios: “Troféu
Imprensa” e “Governador do Estado” (1969), Festival Colgate (Melhor sonoplasta,
1962, 63 e 64), “Melodias” (1969), “Galo de Ouro”, da TV Globo (1970)
Há, inclusive, notícias de que
Salathiel tenha escrito músicas, uma delas para Francisco Petrônio; outra em
parceria com Erlon Chaves e também para o cantor Edson Lopes.
Além de músico, escreveu algumas
peças, como registra o jornal “Diário de Pernambuco”:
“Escreveu vários roteiros para o
cinema baseado no Cordel. A peça ‘O homem que veio do céu’ foi apresentada duas
vezes na TV Vanguarda, duas no Grande Teatro Tupi, uma na TV de Comédia, uma no
Teledrama e outra na TV Excelsor. O Valter Avancini tinha lhe convidado para
fazer um programa sobre cultura nordestina, seria mais um ‘telecordel’, na
leitura de Antônio Abujamara” (Edição de 13 de janeiro de 1980).
Salathiel ficou conhecido pela “capacidade
de encaixar a música certa no momento exato” (Revista Intervalo, Nº 455: RJ, 1971)
e “colocar temas fixos em cima de personagens e destacar situações com músicas
românticas ou bombásticas” (Jornal do Brasil, Nº 95: RJ, 1976).
Rau Ferreira
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