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Severino Irineu Diniz |
Severino Irineu Diniz nasceu em 05 de abril de 1903. Era filho de José
Irineu Diniz (Zezé Cambeba) e Rosalina Irineu Diniz. O seu genitor foi juiz de
paz, partidor e distribuidor do Juízo Municipal.
Importante figura da nossa emancipação política, e grande orador público,
destacou-se nas ciências jurídicas. O seu discurso foi um dos pontapés da
autonomia municipal. Eis algumas notas de sua fala ao Dr. João Suassuna,
governador do Estado:
“Esperança, Sr. Presidente, ri e
não chora. Inda que rindo feche no silêncio de sua resignação, numa vida de
sofrimentos e de martírio. Esperança caia, Sr. Presidente, porque em tempos e
mais tempos de escravidão seu povo humilde e estoico aprendeu a obedecer sem
discutir, a sofrer sem chamar e a chorar sem mostrar o próprio pranto” (Esperança,
24 de maio de 1925).
Iniciando o seu bacharelado em direito, Severino não conseguiu concluir
os estudos, porém isto não foi empecilho para que este conseguisse, no final
dos anos 20, uma carta de advogado, denominada de “provisionamento”.
Com esta autorização, realizou um dos primeiros júris deste termo,
acontecido em 30 de novembro de 1927.
Casou-se em 06 de outubro de 1926, com a Sra. Maria das Dores Almeida,
com quem teve uma única filha: Maria de Lourdes Almeida Diniz.
Serviram como testemunha de seu matrimônio, ocorrido na Capital do
Estado, o Coronel Elísio Sobreira, Oficial do Palácio, e o Dr. Silvino Olavo,
Promotor Público da Capital. Ele à época com 23 anos e ela com 18. Sendo a
contraente natural do Pilar/PB, filha de Tertuliano Bernardo de Almeida e Maria
Chaves de Almeida.
Quando do cinquentenário de nossa emancipação, Severino Diniz abrilhantou
a solenidade, fazendo apologia do Município no programa de José Leal, na Rádio
Tabajara, ao lado de Diogo Batista que interpretou a música “Céu de Anil” de
autoria de Sebastião Florentino (Basto de Tino).
Severino faleceu aos 83 anos, em sua residência, na Rua João Machado,
320, na Capital do Estado, em 29 de abril de 1986, por volta das 07h45. O médico
que lhe atendeu deu por “causa mortis” parada cardíaca (insuficiência cardíaca).
Foi sepultado no Cemitério “Senhor da Boa Sentença”, na Capital paraibana.
Rau Ferreira
Fontes consultadas:
- 60 ANOS, Revista Esperança. Editor Assis
Diniz. Esperança/PB: 1985.
- A UNIÃO, Jornal. Órgão do Estado da Paraíba.
João Pessoa/PB. Edição de 02/12/1927.
- Almanach do Estado da Parahyba. Vol. XVI. Imprensas
Official. Parahhyba: 1933.
- Anuário da Parahyba. Imprensa Official.
Volumes 1-3. Parahyba: 1934.
- Brasil, Paraíba, Registro Civil e
Matrimônio: 1879-2007. CRC Livro 20, Pág. 258. Disponível em
https://familysearch.org/ark:/61903/1:1:QLZB-2NGS, consulta em 10/01/2019.
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