Alguém já disse
que o nosso poeta “era uma inteligência multiforme” (PINTO: 1962, p. 142). Dominava o
português clássico, além do francês, alemão, inglês, grego e latim. A sua
inquietação era patente nos seus múltiplos afazeres como também em sua própria
vida e obra.
O Senador
José Gaudêncio, revisitando suas memórias, disse que aproveitara o potencial
dos jovens inteligentes:
“Na
Parahyba, quando director do ‘O Jornal’ eu lancei os nomes de Silvino Olavo,
que foi redactor-chefe daquelle matutino, official de gabinete do presidente
João Suassuna e agora [1930] exerce idêntica funcção no gabinete da Presidência
João Pessoa”.
Ao seu lado
estavam figuras como Eudes Barros, Oris Barbosa e Peryllo D’Oliveira. Estes
constituíam a intelectualidade parahybana dos anos 20, formando ainda o quadro
dos “novos”.
Clodomiro
Doliveira escreve que estes eram os mentores do pensamento literário
parahybano, isto quando estavam ausentes SOL e Carlos Dias Fernandes, “porque, a esses, elles têm como uma
divindade: descobrem-se, respeitosos, todos as vezes que se aproximam e lhes
dirigem a palavra”.
E acrescenta:
“Pude observar a admiração e o carinho
affectuoso com que qualquer delles se referia a Silvino Olavo, aos talentos
desse grande poeta e ao sucesso que coroou a sua recente [1928] conferência na Faculdade de Direito no Rio
de Janeiro”.
Em seus poemas há
uma filosofia que não é vã, a exemplo do poema “Alegria interior”, onde o vate
nos chama a atenção para nunca se maldizer do nosso destino. Para finalizar,
trago essa frase que encontrei em um de seus escritos e que reputo muito
positiva: "Não se desprenda do seu sonho, que a vitória
sem sofrimento, meu amigo, nunca é realmente bela" (Silvino Olavo)
Rau Ferreira
Referência:
- ABC,
Jornal. Edição de 11 de fevereiro. Curitiba/PR: 1928.
- A
CRÍTICA, Jornal. Edição de 10 de junho. Curitiba/PR: 1930.
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