Pular para o conteúdo principal

Maria das Neves Costa.

Maria das Neves Costa, dona Nevinha como era mais conhecida, dedicou sua vida ao artesanato. Era uma exímia artesã e estava sempre preocupada em passar todos os seus ensinamentos para os alunos.
Ela nasceu no dia 10 de outubro de 1923, sendo filha de João Celestino da Silva e de Carolina Maria da Cunha.
Foi casada com o Sr. Dogival Belarmino Costa, antigo comerciante de roupas e tecidos de Esperança, vereador por três vezes e suplente de Juiz de Paz da Comarca.
Trabalhou na Escola Doméstica, e na Oficina de Artesanato vinculada a Universidade Federal da Paraíba, e mesmo depois de aposentada continuou sendo bastante requisitada.
Participou de diversas exposições promovida pelas mais diversas instituições, recebendo sempre muitos elogios pelo capricho com que executava os seus trabalhos manuais.
Na qualidade de sócia fundadora e Conselheira Técnica da AALE – Associação das Amigas do Lar de Esperança (1963), foi agraciada com o título de “Sócia Benemérita” em reconhecimento ao eficiente trabalho em prol daquele grupo.
Como artesão, participou de diversos cursos e encontros, os principais foram:
CURSOS:
1974:
- 18 de janeiro, Curso de Couro – Areia-PB;
- 09 de agosto, Capacitação Comunitária;
- 04 de novembro, Costura e Decoração Vulcan;
1979:
- de 05 a 23 de janeiro de 1979, Curso de Flores Artificiais;
- novembro/dezembro de 1979, Curso de bonecas (SUDART/POLONORDESTE)
1982: de 16 a 17 de março, Curso de Processamento de Fartas, monitorados por Valter Sales Santos e Fernando Cannella Podemonte.

ENCONTROS E PARTICIPAÇÕES:
- 1° Encontro de professores dos Centros Artesanais Rurais Femininas, em 18 de janeiro de 1974, Areia-PB;
- Projeto Gincana Cultural 83 – Descubra a Paraíba, de 17 a 18 de janeiro de 1988, Esperança-PB.
Ela não teve filhos, mas criou cinco enteados, sendo eles: Elzo (Beinha), Elza, Nilzo, Fernando e Everaldo (Didi), o mais novo contava com nove meses de nascido.
Falecida em 2007 deixa muitas saudades.
Atualmente, uma comunidade no orkut mantém viva a sua memória.

Rau Ferreira

Fonte:
- Texto fornecido pelo Professor Jailton Rodrigues Medeiros, a partir de um trabalho dos alunos da Escola Dom Palmeira;
- arquivo pessoal e familiar.

Comentários

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

Silvino Olavo e Mário de Andrade no interior da Paraíba (1929)

“O Turista Aprendiz” é um dos mais importantes livros de Mário de Andrade, há muito esgotado e reeditado em 2015, através do Projeto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Os relatos de viagens registram manifestações culturais e religiosas coletadas pelo folclorista em todo o Brasil. Este “diário” escrito com humor elevado e recurso prosaico narra as inusitadas visitas de Mário ao Nordeste brasileiro. O seu iter inclui Estados como Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Paraíba. Mário havia deixado o Rio em 3 dezembro de 1928. Embarcou no vapor “Manaus”, com destino ao Recife, onde permaneceu dois dias; e dali seguiu de trem para o Rio Grande do Norte, chegando dia 14 ao Tirol, bairro onde residia Câmara Cascudo (1898-1986), que foi um de seus companheiros de viagem nesse Estado, junto com o jornalista, poeta e crítico de arte Antônio Bento de Araújo Lima (1902-1988). O Álbum de Fotografias (Viagem ao Nordeste Brasileiro 1928-29), pertencen...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Antes que me esqueça: A Praça da Cultura

As minhas memórias em relação à “Praça da Cultura” remontam à 1980, quando eu ainda era estudante do ginasial e depois do ensino médio. A praça era o ponto de encontro do alunado, pois ficava próxima à biblioteca municipal e à Escola Paroquial (hoje Dom Palmeira) e era o caminho de acesso ao Colégio Estadual, facilitando o encontro na ida e na volta destes educandários. Quando se queria marcar uma reunião ou formar um grupo de estudos, aquele era sempre o ponto de referência. O público naquele tempo era essencialmente de estudantes, meninos e moças na faixa etária de oito à quinze anos. Na época a praça tinha um outro formato. Ela deixava fluir o tráfego de transporte de carros, motos, bicicletas... subindo pelo lado direito do CAOBE, passando em frente à escola e descendo na lateral onde ficava a biblioteca. A frequência àquele logradouro era diuturna, atraída também pelas barracas de lanche que vendiam cachorro-quente e refrigerante, pão na chapa ou misto quente, não tinha muita ...

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

Clube CAOBE

O Centro Artístico Operário Beneficente de Esperança – CAOBE foi fundado em 16 de março de 1954. Ao longo de mais de meio século proporcionou lazer e descontração a toda sociedade esperancense. A sua primeira sede social foi em uma garagem alugada na antiga Praça da Bandeira (Praça José Pessoa Filho) onde hoje se situa o Batalhão da Polícia Militar. O sodalício foi idealizado por comerciantes, na sua maioria sapateiros, liderados por Antônio Roque dos Santos (Michelo). Escreve o Dr. João Batista Bastos, ex-Procurador Jurídico Municipal, que: “ o CAOBE nasceu com o objetivo de ser um centro de acolhimento, de lazer, com cunho educativo, onde os filhos e as famílias dos operários, sapateiros, pudessem ter um ambiente, de encontro e de vida social ” (Revivendo Esperança). No local funcionava uma escola para os filhos dos operários, sendo professoras as Sra. Noca e Dilma; com a mudança para a nova sede, a escola foi transferida. A professora Glória Ferreira ensinou para jovens e ad...