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Mostrando postagens de agosto, 2018

Saudade, livro de Magna Celi

Esperança pode não ser uma cidade de leitores, mas certamente é um município de grandes escritores. Hoje na Fundação “José Américo de Almeida”, pelas 19 horas, será o lançamento do livro "Saudade, um lugar dentro de mim (memórias)", de Magna Celi, filha do casal Maria Duarte e José Meira Barbosa; é irmã do Dr. João Bosco, Graça Meira e Paula Francinete. Casada com o eminente Professor Francelino Soares de Souza. Graduada em letras pela UPFB, Mestra em Literatura Brasileira e com especialização em língua vernácula inglesa, estreou nas letras em 1982, com “Caminhos e Descaminhos”, e desde então têm inscrito o seu nome entre os grandes nomes da poesia paraibana. Atualmente escreve artigos e ensaios para revistas literárias, sendo muito solicitada para conceder palestras sobre literatura, mas ainda encontra tempo para atuar junto a Ordem Rosacruz e psicografar livros. Seus principais hobbies são: a leitura, o piano e o bordado. Entre as suas publicações de maior desta

Sindicato Rural de Esperança

O Sindicato Rural sempre foi um sonho do agricultor. A instituição tem o objetivo de fomentar esta atividade, tão essencial na vida do cidadão, promovendo o bem-estar daquele que põe a mesa os frutos da terra. Por iniciativa do Padre Manoel Palmeira, deram-se inícios as reuniões para a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Esperança, que culminou com a sua criação no dia l9 de Abril de 1963. Há três anos a classe agricultora despertara para a organização, sendo fortemente estimulados após o Natal de 1962, cujo pároco que registrou o seu entusiasmo no Livro de Tombo da Paróquia: “ Iniciamos hoje esse sindicato, com 600 homens. Tudo indica que esse movimento será promissor. Recebemos orientação técnica do sr. Heli Cantalice. Do meio dia, começou chegar agricultor de todos os recantos da Paróquia. Vivemos uma tarde festiva. Movimentaram-se pela idade cerca de 2.000 agricultores inclusive famílias. Precedidos, pelas autoridades e seguidos pela banda de música, partimo

Para a história do nosso futebol

Botafogo F.C. de Esperança No dia 09 de outubro de 1938 era fundado o “Botafogo F.C.” de Esperança, agremiação que congregava elementos de nossa cidade. A posse de sua primeira diretoria contou com a presença do Prefeito Júlio Ribeiro da Silva, representantes da “Associação dos Empregados do Comércio de Esperança”, Santa Cruz Futebol Clube, além do povo em geral. Tomou posse o presidente João Lira, usando da palavra Hortêncio Ribeiro de Luna, que agradeceu a sua escolha para aquele cargo e congratulou os presentes pela fundação de mais uma sociedade esportiva. Falaram ainda Theotônio Cerqueira Rocha diretor de honra do clube; Mariêta Coelho, oradora da ala feminina e José Coêlho representante do Santa Cruz F.C., além do acadêmico Ulisses Coêlho da Nóbrega. Durante a solenidade, tocou o “Jazz Band” do Botafogo sob a regência de José Santiago. Às 15 horas foi inaugurado o campo de futebol com uma partida entre os primeiro e segundo quadros, cabendo a vitória ao último pel

O Lobisomem

Conto de João do Norte e outras estórias de Esperança Lobisomem: Arte de Evaldo Brasil, Cordel 49.12/2010 Evaldo Brasil em versos e prosa já decantou muito essa história, que agora a crônica deste escritor revigora trazida de uma nota de jornal, cuja transcrição meio que imprecisa, talvez para “esconder” a sórdida aparição do Lobisomem, nos vem do “Pequeno Jornal”, periódico que se publicava na Paraíba, pelos anos ’30. Reza a lenda que em uma fazenda, na ribeira do Banabuiu entre os Campos do Oriá (Areial), existia um taboleiro grande cujo alto se estendia até um açude. Nele havia uma casa de alvenaria, com curral cercado de tijolos e porteira, onde descansava emborcado num giral uma canoa de pescar. O afilhado do Coronel Zé contava seus vinte e cinco anos, desde que havia sido encontrado chorando na estrada, enjeitado que fora pelos pais biológicos, apesar de se atribuir a prole a Dona Chiquinha, uma mulher-dama da Vila, cujo pai seria o próprio coronel. Assim cresce

As origens de Banabuyé

ALGUMAS NOTAS Açude Banabuyé - vista aérea: 1970 A primeira entrada que se tem notícia na região brejeira foi capitaneada por um bandeirante em 1625. A expedição partira de Mamanguape até o Brejo de Areia, acompanhando o traçado do Araçagi. Voltara com a intenção de atrair algumas famílias do Pernambuco para esta terra promissora, mas a invasão Holandesa pôs fim ao sonho da colonização. Em 03 de setembro de 1641, por ordens do governador da Capitania, percorreu Elias Herckman o interior, aportando em Banabuyé. Certo, porém, que o povoamento avançou do Litoral para a Caatinga e Brejo, enquanto Antônio de Oliveira Ledo fixava-se no Boqueirão de Cabaceiras. A principal via de comunicação era a estrada que vinha de Areia e seguia para Campina via Pocinhos, pernoitando os tropeiros embaixo das castanholas que depois receberia o nome de “rua do sertão”, seguindo o originário caminho dos índios. Horácio de Almeida em “Brejo de Areia: Memórias de um município”, nos conta que as h

B-A-D-I-V-A (por Graça Meira)

Capa do livro BADIVA, de Sol É preciso ler muitas vezes os belíssimos versos, porque são de uma subjetividade à toda prova. Mas dá vontade de ler e reler. Dá vontade de descobrir o porquê das palavras contidas nos versos, que, acredito, são fruto de incontida catarse poética, as mais das vezes ininteligível dada a profunda subjetividade, esta, por sua vez, eivada de perturbações intelectivas e espirituais sufocantes. Os versos de BADIVA são de difícil compreensão, porém de rara beleza intelectual, mesmo que de uma expressividade esdrúxula. Quase não se sabe qual é a conexão entre o título e o poema. Mas sabe-se que há alguma mensagem subliminar. Enfim, conhecendo como conhecemos a loucura do grande e amado poeta, há que considerar que, verdadeiramente, existe uma morbidez intelectual nesses versos. Bem diferentes dos versos de CISNES/SOMBRA ILUMINADA, onde a gente encontra objetividade nas palavras e ligação lógica e léxica entre o título e o desenrolar do poema. É

Hilda Batista, por Martinho Júnior

1. Origem Maria Hilda Batista Soares Natural de Esperança-PB, o pai, Francisco Batista Júnior (seu Chiquinho), e a mãe, Maria da Costa Júnior (Dona Sula), seu “berço” era humilde, como ela mesma definia, mas sua família era tradicional e de “brazão”, pois dela surgiram pessoas grandes personalidades que se destacaram à nível de Brasil, ela citava Silvino Olavo e Samuel Duarte.Também em entrevista gravada em áudio às 22 hrs numa sexta-feira do dia 20.07.2007 falou sobre a “Árvore de Esperança”, pois a sociedade esperancense possui um mesmo “tronco” na base de sua genealogia. 2. Experiências na Rainha da Borborema Por volta de 1936 seus pais vão morar em Campina Grande-PB e por lá recordou 8 à 10 anos de suas vivências, seu pai chegou a trabalhar no comércio local mas foi à sua mãe que costurava roupas que ela atribuía heroicamente tê-la sustentado em boas escolas, o ambiente social era agradável, a consideravam inteligente, tinha aulas onde aperfeiçoava sua jovem e bonita vo

Pesquisador do IHGE encontra documento histórico

O pesquisador Ismaell Filipe, sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Esperança - IHGE, encontrou recentemente alguns documentos que datam de 1851, e que fazem alusão à origem do nosso Município. Trata-se de dois registros, para ser mais exato, de casamento, realizados no lugar denominado “Sítio Banabuié”, em casa de Severino de Medeiros Lima, cerimônia realizada pelo vigário José Antunes Brandão, pároco de Alagoa Nova. As buscas ocorreram junto aos arquivos paroquiais do Município de Alagoa Nova e constituem um marco divisório da nossa história. De fato, esta foi a denominação adotada, desde a concessão da Sesmaria de Banaboié e Lagoa de Pedra (1713) e que perdurou até 1870, quando então foi alterado para “Boa Esperança”. Segundo registros Ultramarinos existentes na Torre do Tombo em Portugal, este sítio ficava à beira de um açude, que em nossa opinião seria o reservatório do Araçá. O confrade Gilson Santiago, em conversa informal com o editor deste blog, certa feit

Esperança

Além do que já se sabe A Esperança primitiva era habitada pelos índios que, no conceito de José Elias Borges [1] constituíam a tribo “Banabuyé”. Estes silvícolas moravam em cabanas, nas proximidades do Araçá, permanecendo naquela aguada até que o esgotamento do solo, quando partiram para terras mais produtivas. O holandês Elias Herckmans que governou a Parahyba (1636-1639), comandou em 1641 uma expedição de entrada com mais de cem homens, partindo do Recife e adentrando no “Sertão da Cupaoba”, alcançando assim o Planalto da Borborema. Subindo um monte, puderam ver torrentes, lagoas, campos, matas e canaviais bravos. Este monte ficou conhecido como “Monte do Retorno”, no atual Município de Esperança [2] .   Os primeiros sesmeiros foram Matheus de Araújo Rocha, cujas terras confrontavam com Domingos da Rocha, proprietário do “Rancho Banabuié”; e Dionísio Gomes Pereira, que adquiriu os sítios Camucá, São Tomé e Gravatá, tornando-se proprietário de metade do Campos de Oriá;

A história chama (Pedro revive)

A HISTÓRIA CHAMA Pedro revive Hoje passando pela praça, nos meus muitos afazeres, ouvi de longe um “zum zum zum”, que me chamou a atenção. Dizia o interlocutor que o tal bancava com copo de vidro e era um negro malandro; foi apenas o que pude ouvir, no meio de tanto vozerio, que é característico do calçadão esperancense. Dei meia volta, pois já conhecia a personagem. - Só pode ser Pedro Pichaco, não é?! - Sim, é Pedro! Disse-me Assis eletricista que trabalhou durante muitos anos na Prefeitura de Esperança. - Conheci muito bem – continuou – Pedro Pichaco era um negro bom... bancava bozó com três copos de vidro, assisti muito ele fazendo esse jogo; quando chegava de viagem, pegava toda aquela meninada e pagava para eles entrarem no cinema de Titico.   Morreu na Bahia, confundido que fora com um desafeto. Perguntei-lhe como era o sujeito, no que me respondeu: - Era alto e elegante, já naquele tempo. Aqui na praça (calçadão) tinha duas bombas da Texaco. Lá na frente (re

Imagem de N. S. do Bom Conselho, por Ismaell Filipe

No dia 25 de janeiro de 1942 na cidade de Esperança, um evento fez a pequena cidade voltar suas atenções para o prédio mais alto, a Igreja Matriz. Recém reformada, a então igreja que ainda mantinha o modelo arquitetônico da antiga capela, agora apresentava uma imponente fachada que se destaca por sua imensa torre de 36 metros de altura, com o símbolo-mor do cristianismo em seu topo, o crucifixo.             A festividade se tratava da entronização da imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, padroeira da paróquia de Esperança, todavia essa entronização não aconteceria no altar, onde seria mais comum, mas sim na própria fachada da Igreja Matriz. Na fachada anterior a 1940 já era possível visualizar a imagem da padroeira, isso pode ser constatado graças a várias fotografias que se possui da Igreja local.                A imagem de N. S. do Bom Conselho foi entronizada pelo padre João Honório de Melo em ato solene. Em suas palavras: “O ato revestiu-se de grande solenidade e teve o

Fundação do IHGE, por Gustavo Tavares

O Instituto Histórico e Geográfico de Esperança – IHGE, “Casa de Irineu Jóffily” ganhará vida no próximo dia 05 de agosto. A cerimônia será realizada no Auditório da Escola Municipal “Dom Palmeira”, situado na Rua Manoel Rodrigues de Oliveira, Centro, Esperança – Paraíba. Nesse dia memorável, ocorrerá um evento festivo, para formalizar a fundação da Instituição, que contará com a presença das autoridades locais, sócios e amigos dos institutos congêneres: Histórico de Campina Grande, de Serra Branca, do Cariri Paraibano e de Areia; e da Sociedade Paraibana de Arqueologia, nas pessoas de Maria ida Steinmuller, Vanderley de Brito, Thomas Bruno de Oliveira, Daniel Duarte e Érick de Brito. Constituída inicialmente por 20 patronos, cujas cadeiras homenageiam figuras como o poeta Silvino Olavo da Costa, o Padre Luiz Santiago, Elysio Sobreira, Severino Medeiros, João Benedito, Jerônimo Soares e tantas outras personalidades, filhos desta terra, o instituto surge na sociedade esperancens