Silvino
Olavo foi – na expressão de Samuel Duarte – um dos maiores juristas de sua
época; não por acaso, sua tese (Estética do Direito) foi recepcionada pelos
acadêmicos, seus pares, quando de sua oratória por ocasião da formatura em seu
bacharelado de Direito, sendo referendada em diversos trabalhos.
Como
advogado, mantinha escritório na rua 05 de agosto nº 55, na Capital parahybana,
atuando em causas cíveis, criminais e em inventários. Nessa condição, participou
do jantar íntimo oferecido pelos bacharéis e amigos do Desembargador Flodoardo
da Silveira, no Hotel Globo em João Pessoa, por motivo de sua nomeação para a mais
alta Corte Paraibana.
João
Lyra, revisitando suas memórias, destaca que Silvino participara da Academia de
Letras e Ciências Jurídicas, organizada sob os moldes da Academia Brasileira de
Letras, participando do corpo congregado até 1924.
Com o
retorno à Parahyba, desfilou-se daquele corpo congregado e, em seu Estado
natal, fora nomeado 1º Promotor da Capital, pelo eminente amigo, Dr. João
Suassuna, integrando ainda o Conselho Penitenciário do Estado.
Olavo
defendera a Parahyba quando caluniada injustamente acerca dos impostos de
transição entre Pernambuco, e advoga em Habeas Corpus que chegara ao Tribunal
da Parahyba contra o Dr. Evando Souto, de cujo recurso pendiam outros duzentos
processos, aguardando o deslinde deste HC com reflexos nas decisões
posteriores.
Com
notório reconhecimento, assumiu as funções de chefe de gabinete do Presidente
João Pessoa, sendo ainda, fiscal do imposto, conquistado através de concurso
público federal.
Rau
Ferreira
Referências:
- A UNIÃO, Jornal. Órgão oficial da Parahyba.
Edição de 09 de março. Parahyba do Norte: 1926.
- ABL, Revista (da). Ano XIX, Nª 83. Ed. Novembro.
Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro/RJ: 1928.
- FERREIRA, Rau. Silvino Olavo. Edições
Banabuyé. Epgraf: 2010;
- FILHO, João Lyra. Cachimbo, pijama e chinelos:
Memórias. Editora Edaglit: 1963.
- FOLHA DA MANHÃ, Jornal. Ano III, N. 897. Edição
de 11 de novembro. São Paulo/SP: 1927.
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