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Mostrando postagens de maio, 2016

A rodoviária que virou campo

Foto: Evaldo Brasil, em http://reeditadas.blogspot.com.br/ Quem chega à Esperança via Campina, descendo pela rua Patrício Bastos, não suspeita que ali naquele terreno já existiu um projeto de terminal rodoviário. Foi ao tempo do governo Wilson Leite Braga que declarou de utilidade publica uma área de 12.712m 2 , onde acostumamos chamar de “campo da rodoviária”. A obra estava a cargo do secretário de transporte e obras Sr. Hermano Augusto de Almeida. Apesar das intenções amigáveis, houve litígio quanto à desapropriação com depósito de Cr$ 84.120,00 (oitenta e quatro mil, cento e vinte cruzados) por parte do Estado, em relação ao imóvel esbulhado, encravado na propriedade Santa Maria (medindo 8.412 m 2 ). Este mesmo terreno foi avaliado judicialmente por Cr$ 120.000,00 (cento e vinte mil cruzeiros), justificando assim a recusa da oferta. Nos debates ainda existia algumas benfeitorias que mereciam igualmente uma indenização. Em grau de recurso o TJPB por decisão unânime reformou

SOL: Football

O futebol sempre foi uma paixão nacional e não é de hoje. Desde que o esporte bretão chegou ao nosso país tem se formado equipes de peladeiros ou profissionais que perseguem a pelota em vista da meta-gol. Também o nosso poeta quedou-se a esta prática desportiva, eleito que fora para integrar a delegação parahybana que avançava no campeonato brasileiro para o ano de 1927. Silvino Olavo contava 30 anos de idade. Magro e de certa estatura, poderia ser um centro-avante ou mesmo goleiro. Mas não temos registro de sua atuação como jogador. O certo é que fora escolhido para presidir o selecionado e, no dia 30 de setembro de 1927, embarcava em Cabedelo com destino ao Rio. A bordo do navio “Pará” também estavam o secretário Severino de Carvalho, o diretor técnico Manuel de Oliveira, o cronista Perillo D’Oliveira e os jogadores: José Miguel (Miguelinho), Antônio Simões (Capelinha), Adalberto Araújo (Chaguinha), Severino Conrado de Lima (Siba), Severino Vinagre (Vinagre), Edgard de Holanda

Zé Pedro tem! (por Janilson Andrade)

Costumo cultivar as amizades, as boas amizades. Uma delas que me dá prazer é conversar aos sábados com o amigo Janilson Andrade que conheço desde menino. Em seu comércio fico sabendo do “moído” da semana. Só depois daquele “papo” gostoso é que ganho ânimo para fazer a feira. Neste sábado, entre os muito assuntos que nos move, falamos das figuras folclóricas de Esperança, na presença do irreverente Paulo de Bié que se demorou um pouco e foi embora. Pois bem, Janilson lembrou-se de seu Zé Pedro e ficou surpreso porque não me era conhecido. Daí seguiu a seguinte narrativa: “Zé Pedro era um comerciante aqui de Esperança que morava próximo ao antigo SESP. Aqui quando alguém procurava alguma mercadoria que não encontrava o bodegueiro sempre dizia: Zé Pedro tem! Era como um dito popular e as pessoas se dirigiam a seu Zé. O curioso é que ele gostava da fofoca, comenta Janilson. Então o freguês perguntava, por exemplo: - Seu Zé, tem gás? E ele respondia: - Olha, tem não. Mas tá

SOL: Carta à imprensa

A “Revista da Cidade” pertencia à empresa “Gráfico-Editora de Morais, Rodrigues & Cia”. Esse importante magazine circulou no Recife a partir de maio de 1926, contando com colaboradores de peso, a exemplo de Manuel Bandeira, Austro-Costa, Mauro Mota, Olegário Mariano e Waldemar Valente. Semanalmente, registrava as atividades sociais, culturais e estéticas da Capital pernambucana. Em carta àquela redação, assim se expressava Silvino Olavo: “ Recebemos a visita dessa interessante criação do espírito recifente. É uma revista que nasce para reafirmar desde o seu primeiro número e para viver a vida bela das publicações de elegante e irrepreensível bom-gosto. Sua feição material de revista moderna, referta de ótima reportagem, é o penhor do seu triunfo brilhantemente assegurado em todos os meios literários do nordeste brasileiro. Desviada dos maus expedientes jornalísticos da época, a ‘Revista da Cidade’ destina-se a um justo sucesso nos círculos intelectuais do país, pela ob

Produção literária (atualização, por Evaldo Brasil)

Memoria do Carnaval de Esperança e mais duas publicações atualizam Produção Literária alusiva à Esperança ou de Esperancense* Na gráfica União desde meados do ano passado, com o intuito de vir à publico em 1º  de dezembro, pela passagem dos 90 anos de emancipação política da cidade, só agora chega às mãos dos esperancenses BanaboéCariá (FERREIRA, Rau. 2016).          A última publicação registrada no recém-publicado BanaboéCariáfoi Zazá, um homem ou um mito? do Bispo Bruno, filho do personagem (2015, saiba mais no BV033, Ago/Set15).          Mesmo que não houvesse esse lapso temporal, o presente de Ferreira já estaria na lista de fato histórico. O que quer que encontrássemos de antes já não poderia ser incluído. *Assim é que três títulos ficaram de fora da obra, por novidades que foram para a pesquisa ou previstos para depois embora lançado antes (!). Neste caso, na sexta-feira véspera do Carnaval o Memorial de Inácio Gonçalves nos traz um pacote de narrativas, notas e registr